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Haddad, os benefícios fiscais e a reforma tributária
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Haddad, os benefícios fiscais e a reforma tributária

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Fala do ministro repercutiu mal ao longo da semana (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil Fala do ministro repercutiu mal ao longo da semana

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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) mexeu com setor privado e governos estaduais no começo da última semana ao ameaçar cortar benefícios fiscais concedidos no País. Desigual no desenvolvimento, o Brasil também é desigual na legislação no que diz respeito aos impostos, e isso precisa ser tratado com seriedade na reforma tributária - sem comentários desnecessários até a apresentação do projeto.

Este deve ser o principal objetivo do governo federal para o segundo semestre, quando já se espera ter o novo arcabouço fiscal aprovado, e é preciso envolver todos os entes federados nesse debate. Com dois projetos em curso no Congresso, a expectativa da reforma é convergir os textos sem a inserção de jabutis e muito menos comprometer o progresso de áreas carentes.

Por falar em área carente, o Nordeste deve ser defendido pelo consórcio formado por governadores da Região. Também na última semana, eles estiveram reunidos e um dos pontos foi justamente os impactos da reforma sobre as políticas de atração de investimento.

A guerra fiscal - da qual o ICMS é a principal arma estadual - existe, mas o fim imediato dela, sem nenhuma compensação aos envolvidos, pode acabar com as economias locais. Por isso é necessário que Haddad foque no arcabouço até a aprovação e, em seguida, concentre-se na reforma. Sem intervalos para falas sem substância.

 

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