O dólar fechou ontem, 24, em queda de 0,99%, cotado a R$ 4,73 - menor valor desde 20 de abril do ano passado - quando tinha fechado em R$ 4,61. A cotação chegou a operar em alta no início do dia, mas passou a despencar após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 12h30min, chegou a R$ 4,72.
A divisa acumula queda de 1,19% em julho e de 10,36% em 2023. O euro comercial fechou a R$ 5,23 e atingiu o menor valor desde o último dia 30.
Segundo operadores, entre outros fatores o resultado refletiu a expectativa do mercado com a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) marcada para hoje, 25, e amanhã, 26. As projeções apontam para uma alta de 0,25 ponto porcentual dos juros no país, ao mesmo tempo em que o Fed poderia indicar um aperto menor nas próximas reuniões. Se esse cenário se confirmar, a tendência seria de desaceleração do dólar no mundo - incentivando o fluxo de recursos estrangeiros para outros países emergentes, incluindo o Brasil.
Na Bolsa de Valores, o dia foi de ganhos. O Ibovespa, principal referência da B3, teve alta de 0,94%, e fechou a 121,3 mil pontos - maior patamar de fechamento desde 1º de abril de 2022. O indicador chegou a abrir próximo da estabilidade, mas disparou influenciado por ações de mineradoras e de petroleiras, os papéis mais negociados. O forte aumento do preço de commodities e a perspectiva de que a China possa adotar novos estímulos para a economia interna estão por trás do movimento.
Países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil, foram beneficiados pela valorização de preços de grãos no mercado externo, após o fim do acordo de exportação de cereais da Ucrânia. Apesar da restrição na oferta global de trigo, o bloqueio resulta em aumento no preço de bens primários.