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Petrobras vende combustíveis cerca de 20% abaixo do mercado internacional
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Petrobras vende combustíveis cerca de 20% abaixo do mercado internacional

Segundo a Abicom, esta defasagem ocorre desde maio, quando a estatal anunciou uma mudança na política de preços do combustível
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A alteração na política de preços foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral no ano passado (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil A alteração na política de preços foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral no ano passado

A Petrobras vende a gasolina e o diesel com uma redução de mais de 20% em relação às cotações internacionais. O dado é da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Além disso, segundo a entidade, esta defasagem ocorre desde maio, quando a estatal anunciou uma mudança na política de preços do combustível. Entenda mais abaixo essa alteração.

Na manhã desta sexta-feira, 28, por exemplo, o valor da gasolina vendida Petrobras é 24% menor que o preço do combustível vendido no Exterior. Já quando se leva em consideração o diesel, o preço do litro é 21% menor.

Vale ressaltar que, desde maio, a Petrobras já reduziu o preço da gasolina três vezes em suas refinarias, passando de R$ 3,18 para R$ 2,52 por litro, uma queda de 20,75%.

Como funciona a nova política de preços dos combustíveis da Petrobras?

A mudança dessa política foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral no ano passado.

Assim que tomou posse em janeiro, ele defendeu a necessidade de "abrasileirar" o preço dos combustíveis e disse não ver razão para que o Brasil ficasse submetido ao PPI.

Isso porque, desde 2016, com base no PPI, os preços praticados no país se vinculavam aos valores no mercado internacional tendo como referência o preço do barril de petróleo tipo brent, calculado em dólar.

Também eram considerados custos como frete de navios, logística interna de transporte e taxas portuárias. Fora que acrescentava-se uma margem para remuneração de riscos ligados à operação, como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços praticados em portos.

Em março, o presidente criticou o valor de distribuição dos dividendos da Petrobras e cobrou que o lucro da estatal fosse revertido em investimentos pelo país.

No novo modelo, a Petrobras não deixa de levar em conta o mercado internacional, mas faz com base em outras referências para cálculo. Além disso, são incorporadas referências do mercado interno.

A proposta sinaliza um esforço de mediação entre os interesses dos acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo, voltado para atender a expectativa do consumidor brasileiro por valores mais baixos.

Além disso, o novo modelo considera o "custo alternativo do cliente" e o "valor marginal para a Petrobras".

O custo alternativo para o cliente é estabelecido a partir das alternativas que o consumidor tem no mercado, sendo observados os preços praticados por outros fornecedores que ofereçam os mesmos produtos ou similares.

Já o valor marginal para a Petrobras considera as melhores condições obtidas pela companhia para produção, importação e exportação.

Segundo a estatal, esse modelo permite que ela seja mais competitiva em cada mercado e região, aplicando valores alinhados às especificidades locais. (Com informações de Agência Brasil)

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