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Jogador e influenciador: Felipe Motta, do Fortaleza BC, soma quase 2 milhões de seguidores
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Jogador e influenciador: Felipe Motta, do Fortaleza BC, soma quase 2 milhões de seguidores

O ala de 20 anos não tem objetivo numérico na internet, mas de inspirar jovens, além de conquistar uma medalha olímpica pela seleção brasileira de basquete
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Felipe Motta, atleta do Fortaleza Basquete Cearense e influenciador (Foto: Divulgação/Fortaleza BC)
Foto: Divulgação/Fortaleza BC Felipe Motta, atleta do Fortaleza Basquete Cearense e influenciador

Jogador profissional de basquete e influenciador nas horas vagas. O ítalo-brasileiro Felipe Motta, atleta do Fortaleza Basquete Cearense, contou ao O POVO sobre a trajetória no esporte até a transformação em celebridade nas redes sociais. No Instagram e no TikTok, são quase dois milhões de seguidores.

Os conteúdos são focados em vídeos, tanto da rotina quanto da modalidade. Apesar disso, o ala de 20 anos não tem objetivo numérico na internet, mas sim de inspirar jovens, além de conquistar uma medalha olímpica pela seleção brasileira de basquete.

Durante a temporada 2023, Felipe Motta disputou 23 partidas (253 minutos), com 43 pontos (1,9 de média), nove assistências (0,9 de média) e 46 rebotes (2 de média). Na carreira, tem passagens por Roseto Sharks (ITA), New Basket Brindisi (ITA) e Denver Pioneers (EUA).

O POVO — Quando e como começou o teu interesse pelo basquete? E em que momento você percebeu que queria ser atleta profissional?

Felipe Motta — Jogo basquete desde sempre. Meu pai e meu avô eram jogadores, eles quem fizeram eu me interessar pelo basquete. Percebi que queria ser jogador profissional, quando comecei a ir aos jogos do meu pai e gostei muito. Gostava da atmosfera e queria ser como ele.

OP — Você teve passagem pelo basquete italiano e norte-americano antes de chegar ao Fortaleza Basquete Cearense. Como surgiu o convite de vir?

Felipe Motta — Estava jogando nos Estados Unidos na época, mas estava infeliz. Estava no Basquete Universitário. O Fortaleza já tinha me chamado ano passado para me juntar ao time e, quando falei que estava infeliz aqui (nos EUA), o (Alberto) Bial e os técnicos de Fortaleza me deram uma oportunidade, me chamaram, e eu decidi dar esse passo para me tornar um jogador profissional. Achei que era o lugar certo para continuar evoluindo e me desenvolvendo como atleta e pessoa.

OP — Como é conciliar a vida de atleta profissional e o mundo digital? Isso chegou a atrapalhar ou te ajudou como jogador e serviu para popularizar o esporte?

Felipe Motta — Em momento nenhum o mundo digital, as redes sociais, atrapalharam minha vida de atleta. Foco no basquete na quadra, faço tudo que tem que ser feito, me dedico muito ao meu esporte. As redes sociais são uma coisa que faço e me dedico no meu tempo livre, como distração. Estou gostando muito de fazer, está popularizando mais o esporte. Recebo várias mensagens de adolescentes falando que começaram a jogar basquete por minha causa. Isso me deixa muito feliz, é um sentimento muito bom.

OP — Enfrentou alguma resistência no início do processo de se tornar um influenciador digital?

Felipe Motta — A única resistência que senti quando comecei a ser influenciador foi a vergonha. É difícil, no começo você tem que ter coragem de começar a postar, se expor desse jeito, ainda mais sendo jogador profissional. Isso é uma coisa nova, eu acho, não tem, no mundo do basquete, muita gente que faz o que eu faço. Acredito que, além de popularizar o esporte, fazer crescer no Brasil, é uma coisa que abre muitas oportunidades para mim, como pessoa e atleta.

OP — Somando Instagram e TikTok, você tem quase 2 milhões de seguidores. Como e quando você decidiu explorar a internet como criador de conteúdo?

Felipe Motta — É um número que eu nunca pensei que fosse atingir. Comecei a postar quando me machuquei, fiquei um tempo longe das quadras e eu aproveitei esse período para me distrair. Estava triste, ninguém gosta de se machucar, e usei as redes sociais como distração, como pensar em outra coisa, que faz bem também.

OP — Você tem algum sonho para realizar no mundo digital? E em relação ao basquete, onde pretende chegar?

Felipe Motta — Sonho no mundo digital, difícil. Em termos de números, não. Não tem nenhum número que quero atingir. Esse não é o meu objetivo. Meu objetivo é se tornar uma figura do basquete brasileiro que ajude o basquete a crescer mais, a inspirar jovens a seguirem os próprios sonhos. Esse é meu principal objetivo. Em termos de basquete, o meu sonho seria jogar uma Olimpíadas pelo Brasil, ganhar uma medalha, seria um grande sonho, uma coisa que quero desde criança.

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