As autoridades do Chile aumentaram, nesse domingo, 24, o nível de alerta para o vulcão Villarrica, considerado o de maior risco do país e situado em uma região turística, após um aumento de atividade.
O Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) “notificou a mudança do alerta técnico do vulcão Villarrica, passando de amarelo a laranja”, disse em comunicado o Sistema de Prevenção e Resposta a Desastres (Sinapred), após reunião de suas autoridades.
Segundo o Sernageomin, a informação captada pelas estações de monitoramento “mostra uma atividade anormal do maciço, que justifica a mudança”. O documento destaca ainda que “uma provável erupção pode se desenvolver em dias ou semanas”.
O alerta laranja contempla um reforço do monitoramento do comportamento do vulcão e medidas para garantir a segurança das localidades próximas.
Um dos mais ativos da América do Sul, o vulcão Villarrica tem 2.847 metros de altitude e está situado a 750 quilômetros (km) a sul de Santiago, capital chilena. A área do vulcão é turística, entre as regiões de La Araucanía e Los Ríos.
Aos pés do Villarrica há bosques exuberantes, lagos e localidades turísticas, entre as quais se destaca Pucón, um balneário de 28.523 habitantes a cerca de 15 quilômetros da montanha.
A última erupção do Villarrica ocorreu em março de 2015. É um fenômeno perigoso principalmente pelos fluxos de detritos e lama que escorrem do topo do vulcão após a lava quente derreter a neve.
O líquido que escorre do vulcão chileno pode chegar a temperaturas de até 100 °C e velocidades de até 80 quilômetros por hora (km/h), com possibilidade de percorre longas distâncias e destruir pequenas cidades.
Caso o Villarrica entre em erupção neste ano, não se sabe quanta lavar pode ser expelida ou se haverá fluxos de detritos escorrendo pelas encostas.
“Vimos que todas as erupções históricas do Villarrica acontecem de maneiras diferentes. A última, em 2015, foi diferente de 1985 e 1971 e assim por diante”, explicou Jose Luis Palma, pesquisador da Universidade de Concepción, no Chile.
Com informações de AFP e DW