Após meses de muitos embates no PDT e negociações de bastidores, o senador Cid Gomes irá se filiar hoje ao PSB em "megaevento" com direito a participações das maiores lideranças do partido no Brasil, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro Márcio França (Empreendedorismo), os governadores Renato Casagrande (ES) e João Azevêdo (PB) e o prefeito de Recife, João Campos.
O ministro Camilo Santana (Educação) também participa do ato, que deve filiar também prefeitos e um grupo de 40 mulheres, incluindo a ex-governadora Izolda Cela. Mais do que confirmar o retorno de Cid ao PSB, sigla à qual foi filiado entre 2005 e 2013, o evento também tenta consolidar o PSB como a "segunda força" de maior peso na política local.
Em novembro do ano passado, evento comandado por Cid decidiu pela saída de até 43 prefeitos do PDT. Alguns deles, no entanto, acabaram "se perdendo" no caminho e migrando para outras siglas - como a prefeita de Icó, Laís Nunes, recentemente filiada ao PT, ou a prefeita interina de Limoeiro do Norte, Dilmara Amaral, que migrou para o Republicanos.
Como ainda não há confirmação exata de quantos prefeitos deverão acompanhar Cid, o evento de hoje acabará sendo "teste de força" para Cid, que tenta manter influência na política do Ceará em meio a um crescimento pronunciado do PT de Camilo Santana, Elmano de Freitas e José Guimarães no Estado. Vale lembrar que deputados aliados de Cid no PDT ainda não deixarão o partido, pois aguardam análise de liberação na Justiça Eleitoral.
O senador e seu grupo precisarão da força sobretudo a partir de março, quando se animam as conversas para montagem de chapas para as eleições municipais. Com filiação de hoje, o PSB certamente chega forte para - no mínimo - buscar a vice para a Prefeitura de Fortaleza. Na mesma fila, no entanto, estão siglas grandes como o PSD, o MDB e o Republicanos. Mas isso são cenas para os próximos capítulos.