Viralizou nesta segunda-feira, 18, nas redes sociais um vídeo que mostra um homem importunando sexualmente uma nutricionista de 25 anos no elevador de um edifício do bairro Aldeota, em Fortaleza. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da Capital investiga o caso, informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A gravação que registrou o caso foi compartilhada pela própria vítima nas redes sociais. O caso ocorreu em 15 de fevereiro passado. As imagens mostram que o homem bateu nas nádegas da mulher no momento em que ela deixava o elevador. Em seguida, ele aperta o botão para fechar a porta. O vídeo também mostra o homem deixando o edifício de carro.
"Quando aconteceu, fiquei em choque, sem acreditar... Xinguei, chutei o elevador na parte de fora, chorei, senti raiva, me senti impotente", afirmou ela na postagem. A vítima também se posicionou por meio de nota escrita por seus advogados. A publicação informa que ela havia acabado de encerrar o expediente de trabalho quando foi vítima da agressão.
A nota afirma que ela ficou “profundamente abalada, manifestando sua impotência através de lágrimas e gritos”. Os advogados descreveram que ela foi amparada por um colaborador do prédio, que contribuiu na identificação do agressor.
"Atualmente, a vítima opta não se pronunciar publicamente devido ao seu estado emocional, no entanto, ela deseja transmitir uma mensagem à sociedade: 'ressalto que, em nome de tantas outras mulheres que são, diariamente, vítimas de situações como essas, não quero (e nem vou) deixar essa situação impune! Por isso, todas as medidas judiciais (cíveis e criminais) já estão sendo tomadas para que esse indivíduo não fique impune e que, consequentemente, seja feita justiça'".
O homem foi afastado da empresa onde trabalhava.A M7 Investimentos afirmou, em nota, que, "sem prejuízo do exercício do seu direito de defesa junto às instâncias competentes", ele foi “afastado de suas atividades na empresa, de imediato e em definitivo”.
Conforme a M7 Investimentos, o acusado trabalhava como agente autônomo de investimentos. A empresa ainda disse que só tomou conhecimento do caso nesta segunda-feira, 18.
“A M7, por meio de seus sócios e gestores, repudia veementemente qualquer ato de violência, abuso ou importunação, de qualquer ordem”, diz a nota. “A M7 sempre agiu e continua agindo no sentido de coibir qualquer atitude que não esteja alinhada com seus princípios e valores de respeito a todas as pessoas”.
O POVO não conseguiu contato com a defesa do homem nesta segunda-feira, 18. Por não haver acusação formal contra ele, O POVO opta por não divulgar a identidade dele.