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Cesta básica da Grande Fortaleza registra a maior inflação do Brasil no semestre
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Cesta básica da Grande Fortaleza registra a maior inflação do Brasil no semestre

Mas, em relação ao mês de maio, o valor dos doze produtos das cesta básica teve deflação de 1,77% em junho
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TOMATE foi o produto que apresentou a maior alta do semestre, de 53,53%  (Foto: Carol Kossling)
Foto: Carol Kossling TOMATE foi o produto que apresentou a maior alta do semestre, de 53,53%

O conjunto dos 12 produtos que integram a cesta básica de Fortaleza apresentou uma inflação de 10,62% no primeiro semestre de 2024, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em junho, o valor do conjunto ficou em R$ 697,33 para o trabalhador fortalezense. 

No acumulado do ano (janeiro a junho), apenas três alimentos sofreram redução no preço: farinha (-5,26%), óleo (-3,24%) e a carne (-1,14%).

Os demais itens apresentaram elevações, com destaque para o tomate (53,53%), o café (25,20%), a banana (16,59%) e o arroz (13,01%).

Entretanto, em comparação com o valor cobrado em maio (R$ 709,90), a cesta na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) teve deflação de 1,77% em junho. No mês, oito dos 12 produtos ficaram mais baratos:

  • Farinha: -4,42%
  • Tomate: -3,73%
  • Feijão: -3,49%
  • Banana: -3,35%
  • Carne: -2,23%
  • Açúcar: -1,53%
  • Arroz: -0,92%
  • Pão: -0,76%

Já a alta de preços ocorreu no café (10,30%) e no leite (3,20%). Apenas o óleo e a manteiga não registraram alterações no valor.

No Brasil, dez das 17 capitais pesquisadas registraram aumento no custo da cesta básica.

As elevações mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (2,2%), Florianópolis (1,88%) e Curitiba (1,81%).

Por outro lado, as reduções mais expressivas ocorreram em Natal (-6,38%), Recife (-5,75%), João Pessoa (-3,76%) e Aracaju (-3,04%).

A variação anual na RMF foi de 5,47%, o que significa que o preço da cesta básica em junho de 2024 está mais caro do que em junho de 2023 (R$ 661,16).

Cesta básica em Fortaleza: salário mínimo ideal dos brasileiros

O levantamento do Dieese verifica que, ao comparar o custo da cesta com o salário mínimo líquido, o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho de 2024, 53,39% do seu salário para adquirir os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

Com base no salário mínimo vigente do País de R$ 1.412, o trabalhador teve que despender 108 horas e 39 minutos de sua jornada de trabalho mensal para a compra da cesta básica.

Além disso, ao considerar uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) o gasto com alimentação foi de R$ 2.091,99.

Em relação a cesta mais cara em junho do País, que foi a de São Paulo (R$ 832,69), o valor necessário para uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44. A quantia é 4,95 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412.

Na lista de maiores valores para as cestas básicas no mês, a posição da capital paulista é seguida por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86).

Já entre entre os menores estão as de: Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).

Cesta básica na Grande Fortaleza: balanço de junho

  • Valor da cesta: R$ 697,33
  • Variação mensal: -1,77%
  • Variação em 6 meses: 10,62%
  • Variação em 12 meses: 5,47%
  • Jornada necessária para comprar a cesta básica: 108 horas e 39 minutos
  • Produtos com alta em relação ao mês anterior: café (10,30%) e leite (3,20%)
  • Produtos com redução em relação ao mês anterior: farinha (-4,42%), tomate (-3,73%), feijão (-3,49%), banana (-3,35%), carne (-2,23%), açúcar (-1,53%), arroz (-0,92%) e pão (-0,76)
  • Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.306,10) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 53,39%
  • R$ 6.995,44 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que corresponde a 4,95 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.412,00

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