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O combate à sexta facção
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O combate à sexta facção

SEGURANÇA
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POLICIAIS civis reunidos para a deflagração da operação (Foto: Divulgação/SSPDS)
Foto: Divulgação/SSPDS POLICIAIS civis reunidos para a deflagração da operação

Na última quarta-feira, 17, O POVO trouxe, em primeira mão, no seu portal de notícias, detalhes da operação “Continere”, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará em junho para combater a expansão da facção paraibana “Nova Okaida” ou “NKD” em Ipaumirim e Baixio, localizados nas divisas entre os dois estados.

A operação levou à prisão de 22 pessoas suspeitas de integrar a facção. Entre elas, pessoas apontadas como tendo posições de liderança no grupo, a exemplo de um homem que recebeu quase R$ 400 mil somente em transferências Pix em um período de oito meses.

Da leitura dos autos, sobrevém uma facção que, como as demais, é estruturada em princípios como hierarquia e lealdade. A NKD não só tem um “estatuto” determinando as regras que seus integrantes devem cumprir, como também “reparte” as regiões em que atua de forma que seus integrantes não vendam drogas, por exemplo, em áreas “pertencentes” a um outro colega de facção.

Como O POVO destacou na matéria, caso a Nova Okaida venha mesmo a se estabelecer no Estado, seria a sexta facção em atuação no Ceará. É evidente que um sexto ator só pioraria o já caótico quadro da criminalidade violenta no Ceará, estado que, em 2023, teve a quarta maior taxa de homicídios do Brasil, conforme a edição desta ano do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicada na quinta.

Por isso, ações como a Continere são muito bem-vindas, sobretudo, por se basear em sólidas provas contra os suspeitos, garantindo que eles, de fato, fiquem presos — diferentemente, de ações que fazem flagrantes de indivíduos com pequenas quantidades de droga, por exemplo, cujas prisões não costumam ensejar na decretação de preventivas.

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