Um ano após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, o cenário no Oriente Médio é o mesmo: escalada de conflitos e incerteza quanto aos rumos que países e relações diplomáticas tomarão. Israel, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acumula ofensivas militares em diferentes frentes, incluindo trocas de agressões diretas com o Irã e uma incursão contra o Hezbollah, no Líbano. Tel Aviv dobra a aposta no belicismo.
Entre os conflitos com presença de Israel destacam-se a frente contra o Irã; outra contra o Hamas na Faixa de Gaza; na Cisjordânia; e mais recentemente uma contra o grupo Hezbollah, no Líbano. Este último, aliado do Irã no contexto regional. No Líbano, o conflito escalou em setembro e culminou na morte do então líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque aéreo em Beirute. Desde então, Israel iniciou uma operação terrestre no local.
No meio disso tudo, - como sempre - estão civis mortos, feridos ou deslocados de guerra. O balanço do estrago e da crise gerada pelos bombardeios no Líbano, até o último dia 3, era de 1,9 mil mortos (mais de cem crianças) e seis mil feridos, segundo informaram autoridades de saúde libanesas. Os números já superam o da chamada guerra do Líbano, em 2006, quando quase 1.200 pessoas morreram em outra ofensiva israelense. Como mostra o recorte temporal entre as invasões no Líbano, pouco ou quase nada mudou.