Em uma única semana, notícias alvissareiras para a transição energética que se desenha no Ceará, sobretudo para o mercado de hidrogênio verde. O maior peso dado aos anúncios é que o cenário nacional entrou com mais força, com atuação do Governo Federal.
A impressão que se tinha daqui, até então, é que estava demorando muito para o governo se atentar para a importância do que estava acontecendo no Brasil, enquanto os Estados Unidos anunciavam incentivos bilionários para o H2V.
Mas do segundo semestre deste ano para cá o contexto mudou. Na semana que passou, a Fortescue teve liberação para obras de terraplanagem. Já o Governo Federal lançou nos EUA a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica, para facilitar e ampliar a captação de fundos internacionais para programas ambientais.
E dentre os projetos-pilotos incluídos está justamente o da Fortescue, empresa australiana que promete investir US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões) no hub de hidrogênio verde cearense.
No mesmo dia, 23, o governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), divulgava reunião com a francesa Voltalia. A ideia foi apresentar os aspectos do ambiente de negócios do Ceará para ajudar a companhia na futura tomada de decisão de investimentos em H2V.
A data também marcou a liberação do edital internacional para ampliação do Porto do Pecém, com montande de R$ 675 milhões. Então não tem como não falar que o hidrogênio finalmente começa a se aproximar da realidade.