Neymar dono do time ou time sem Neymar? A geração de jogadores é ótima ou péssima? O futebol brasileiro não revela mais craques? Treinador brasileiro ou estrangeiro? Tem que convocar mais jogadores que atuam no Brasil?
Em qualquer roda de conversa, canal no YouTube ou programa de TV que o tema é seleção brasileira, certamente ao menos uma dessas questões é levantada e debatida longamente. E as dúvidas se repetem a cada novo vexame da Amarelinha, o que tem sido corriqueiro. Ou seja, um enfadonho ciclo de discussões repetidas, sem consenso e sem mudanças práticas. A seleção brasileira se tornou um assunto chato.
Desde o 7 a 1 de 2014 — o que muitos achavam que seria um ponto de virada —, o Brasil caiu em Copas do Mundo para Bélgica e Croácia, ganhou apenas uma de cinco edições da Copa América, empatou ou perdeu pela primeira vez contra adversários modestos em Eliminatórias e, mais recentemente, foi goleado pela rival Argentina por 4 a 1.
A conta sobrou para Dorival Júnior, que sucedeu brevemente Fernando Diniz, também de passagem relâmpago — conciliando trabalho no Fluminense, vale lembrar —, também demitido após derrota para a Argentina. Neste hiato, a CBF esperou (?) pelo italiano Carlo Ancelotti, que nunca pareceu disposto a deixar o Real Madrid.
Busca-se agora um novo futuro culpado para ficar à beira do campo. E o debate de técnico estrangeiro ou brasileiro volta à pauta. O retorno ou não de Neymar, em meio à longa ausência, também. E sobre a qualidade da geração, depois da goleada em Buenos Aires... É, a seleção brasileira virou um tema cansativo.