Smartphones e computadores importados vão ficar isentos das tarifas recíprocas do presidente Donald Trump, de acordo com a nova orientação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. A informação foi publicada pela rede CNBC e pela agência Bloomberg.
A orientação vem depois que Trump impôs tarifas recíprocas de 125% sobre os produtos da China (além de outros 20% anunciados em fevereiro e março), uma medida que estava prestes a afetar empresas de tecnologia como a Apple, que fabrica iPhones e a maioria de seus outros produtos na China.
A nova orientação tarifária, de acordo com a CNBC, também inclui exclusões para outros dispositivos e componentes eletrônicos, incluindo semicondutores, células solares, telas de TVs, pen drives, cartões de memória e SSDs (unidades de estado sólido, ou memória flash) usadas para armazenar dados. É o primeiro recuo de Trump que afeta as tarifas impostas à China. Na quarta-feira, 9, ele havia anunciado a suspensão por 90 dias das tarifas recíprocas para todos os países, exceto a China.
As isenções também destacam como a Casa Branca está escolhendo vencedores e perdedores nessa nascente guerra tarifária. Por exemplo, a indústria de vestuário, calçados e acessórios continuará enfrentando tarifas de 145% sobre importações chinesas, e de 20% de outros lugares. Sua taxa média de imposto permanece em 44%.
A Apple monta seus dispositivos principalmente na China, além da Índia e do Vietnã. Se essas regras permanecerem em vigor, a maior beneficiária será a fabricante do iPhone, embora ela ainda enfrente uma tarifa de 20% sobre suas importações da China.
Essa nova rodada de tarifas estava definida em 125% para produtos chineses e uma taxa de 10% sobre importações de outros parceiros comerciais. A China também havia recebido taxa adicional de 20% sobre seus produtos a partir de março, elevando o total para 145%.
Os importadores desses eletrônicos não enfrentarão mais as novas taxas, e a alíquota para produtos chineses foi reduzida para 20% para esses casos. As isenções abrangem US$ 385 bilhões em importações de 2024, o que representa 12% do total. Desses, US$ 100 bilhões são da China - 23% das importações dos EUA vindas de lá em 2024. Para esses eletrônicos, a taxa média de imposto caiu de 45% para 5% com essa nova regra. (das agências)