A cesta básica de Fortaleza apresentou um recuo de 2,42% em maio, quando sete, dos 12 produtos pesquisados, tiveram redução nos preços, segundo calculou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com queda nos preços do tomate (12,98%) e tomate (8,3%), o valor para adquirir a cesta básica no mês passado ficou em R$ 728,49. Já o café apontou uma nova alta, de 5,64%, de acordo com o estudo.
Descontado o valor da Previdência Social (7,5%) do salário Mínimo, o Dieese atesta que "o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio de 2025, 51,88% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta."
Mesmo com a redução no quinto mês de 2025, quando se compara o valor da cesta básica de Fortaleza em maio com igual mês do ano passado e com o início do ano, o Dieese aponta elevações de preços.
A maior observada é de 9,72%, observada no primeiro semestre de 2025. O tomate (62,39%), o café (55,91%) e a banana (9,59%) lideraram os aumentos de preços, enquanto o arroz (-17,96%), o feijão (-8,62%) e o açúcar (-5,32%) foram em movimento contrário.
Outra alta, de 2,62%, é calculada ante maio de 2024. Neste comparativo, a farinha (-24,04%), o tomate (22,12%) e o feijão (-19,67%) tiveram os preços em queda. Já o café (99,46%), a carne (25,73%) e o óleo (23,43%) puxaram as altas.
No País, 15 capitais pesquisadas pelo Dieese tiveram a cesta básica em queda no mês de maio - dentre as quais Fortaleza se destaca como a 3ª de maior redução nos preços.
Ao considerar o valor de R$ 1.518 para uma jornada mensal de trabalho
de 220 horas e o valor de R$ 728,49 para a cesta básica em Fortaleza, o Dieese calculou que o trabalhador teve que desprender 105h e 35 minutos de sua jornada de trabalho mensal para conseguir comprar os itens básicos da alimentação no mês.
O gasto estimado com alimentação de uma família considerada padrão na pesquisa - composta por 2 adultos e 2 crianças - foi de R$ 2.185,47.
Já o salário ideal para manter uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência é calculado sobre os gastos com a cesta básica mais cara do Brasil - a de São Paulo, no caso, que somou R$ 896,15.
Em maio, esse salário foi estimado em R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00.