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Academia ao ar livre precisa de manutenção, relatam frequentadores de praça em Fortaleza
Farol

Academia ao ar livre precisa de manutenção, relatam frequentadores de praça em Fortaleza

Moradores denunciam falta de zelo por parte da prefeitura. Secretaria Regional 3 informa que melhorias serão feitas de acordo com cronograma
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EQUIPAMENTOS apresentam desgastes (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE EQUIPAMENTOS apresentam desgastes

Caminhadas, exercícios físicos, dança e até aulas de tai chi chuan, tudo isso acontece na praça Jonas Gomes de Freitas, também conhecida como pracinha do North Shopping, em Fortaleza. O local parece uma boa opção para praticar atividades, mas moradores relatam que a falta de manutenção nos equipamentos e a sujeira no lugar dificultam o acesso ao lazer.

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O POVO esteve no local nessa terça-feira, 10, e constatou que há embalagens de alimentos, plásticos e outros resíduos na área. Além disso, há uma cratera no piso, que segundo moradores, está ali há mais de um ano.

Moradores reclamam de falta de manutenção em equipamentos

O vigilante Paulo Francisco de Mesquita, 61, é frequentador da praça há 20 anos. Ele costuma vir pela manhã, entre 6 e 8 horas, e às vezes à noite. Segundo ele, os equipamentos estão estragados.

“Eu trago meus netos para jogar futebol ali na quadra, às vezes dou uma corridinha. Eu acho que deveria ter [aqui] mais árvores frondosas para a gente se abrigar quando chove”.

Aqui falta praticamente tudo. Os aparelhos estão todos quebrados, e aqui também tem fezes de gato, fede muito. [Aqui] tá meio abandonado. Quando criaram a [praça] Rachel de Queiroz, aqui ficou esquecido, antes era o point”.

Francisco José de Lima, 58, é morador do bairro Álvaro Weyne. Desde 2019 ele frequenta a academia ao ar livre e relata que os equipamentos “já foram melhores”. “Tinha uma barra ali, mas arrancaram. Mas tem muito campo que não tem essa qualidade que tem aqui. Pedal e manivela de mão estão desgastados, e para [acontecer] um acidente é facinho”.

“As entidades precisam de mais zelo com a população”, apela Francisco José. “Não tem que esperar só as eleições. A gente não tá pedindo não, é obrigação deles e a gente vem para usufruir. Principalmente quem quer sair do sedentarismo e fazer seu exercício normal”.

O advogado e militar da reserva Valdir de Vasconcelos, 72, pratica atividades físicas de domingo a domingo. Além das práticas, ele também é aluno de tai chi chuan há oito anos. As aulas acontecem às terças e sextas, das 7 às 8 horas.

“Tem que fazer um reparo em muita coisa, viu? Sobre a segurança, esse horário aqui não tem muita coisa não. De vez em quando os caras gostam de carregar bicicleta. Eu trago a minha e quando tá meio deserto, coloco na tranca”, disse.

Frequentadora assídua da academia ao ar livre, a aposentada Socorro Amaro, 72, conta que vem à praça há pelo menos 20 anos. “Antes a praça tinha mais novidades. Tinha zumba, esporte e muita atividade física. Mas com o passar do tempo, tudo acabou. Os aparelhos todos quebrados”.

Socorro faz um pedido: “Não tem nenhuma maneira da gente fazer [os exercícios] com segurança. Gostaria de pedir que as autoridades vissem aqui com bons olhos e renovasse [os aparelhos]”.

Além do pedido de manutenção e troca dos equipamentos, feito pelos moradores, a sujeira também é uma questão bastante comentada.

Melhorias serão executadas de acordo com cronograma

Em nota ao O POVO, a Secretaria Regional (SER) 3 informa que uma equipe técnica esteve na praça.

“As Regionais estão realizando um levantamento dos espaços públicos sob sua responsabilidade para identificar as demandas de manutenção e reparo, e a praça em questão está incluída neste mapeamento. As melhorias necessárias serão executadas de acordo com o cronograma e a disponibilidade de recursos”, informa a pasta.

O POVO questionou a Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) sobre a manutenção da academia ao ar livre, que informou em nota que serviços de capina e varrição estavam programados.

“Vale ressaltar que a região conta com coleta domiciliar regular, feita porta a porta, às terças, quintas e sábados”, finaliza a pasta.

A população pode solicitar serviços públicos através do número 156, por meio das Centrais de Acolhimento das Secretarias Regionais.


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