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Chuvas no RS deixam 2 mortos e 1 desaparecido; estragos se espalham por dezenas de municípios
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Chuvas no RS deixam 2 mortos e 1 desaparecido; estragos se espalham por dezenas de municípios

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Moradores do bairro Mathias Velho, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), enfrentam ruas alagadas após chuvas fortes nesta quarta-feira, 18 de junho de 2025. De acordo com a Defesa Civil, 35% do município teve algum transtorno, contabilizando 89 pessoas desalojadas e 28 desabrigadas, duas pessoas mortas e uma desaparecida. Uma das estruturas mais importantes para o escoamento da água da chuva em Canoas deixou de funcionar. A casa de bombas número 6, localizada no bairro parou de operar pela manhã de hoje complicando ainda mais a situação.
 
Foto: LUCIANO MARTINS/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (Foto: LUCIANO MARTINS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Foto: LUCIANO MARTINS/ESTADÃO CONTEÚDO Moradores do bairro Mathias Velho, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), enfrentam ruas alagadas após chuvas fortes nesta quarta-feira, 18 de junho de 2025. De acordo com a Defesa Civil, 35% do município teve algum transtorno, contabilizando 89 pessoas desalojadas e 28 desabrigadas, duas pessoas mortas e uma desaparecida. Uma das estruturas mais importantes para o escoamento da água da chuva em Canoas deixou de funcionar. A casa de bombas número 6, localizada no bairro parou de operar pela manhã de hoje complicando ainda mais a situação. Foto: LUCIANO MARTINS/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Duas mortes e um desaparecimento já foram confirmados pelas autoridades do Rio Grande do Sul em decorrência das chuvas que castigam o Estado desde a segunda-feira, 16. As precipitações superam os 100 milímetros em diversas cidades, provocando enchentes, deslizamentos, quedas de árvores, bloqueios de rodovias e evacuações emergenciais.

Em Candelária, no Vale do Rio Pardo, uma mulher de 54 anos, identificada como Geneci da Rosa, perdeu a vida após o carro onde estava ser levado pela força da correnteza de um arroio. O marido, de 65 anos, que também estava no veículo, continua desaparecido. O corpo de Geneci foi localizado pelos bombeiros na terça-feira, 17.

Na Serra Gaúcha, Mário César Trielweiler Gonçalves, de 22 anos, morreu depois que o carro que dirigia foi arrastado pelas águas do Rio Caí. O acidente ocorreu, na manhã desta quarta-feira, 18, na ponte que liga Linha Sebastopol, em Caxias do Sul, ao município de Nova Petrópolis. Parte da cabeceira da estrutura cedeu com a força do rio, fragilizada desde os danos causados nas enchentes de maio do ano passado.

A ligação entre os dois municípios pela BR-116 já havia sido comprometida anteriormente. A nova cheia fez com que a base da ponte voltasse a ser atingida com intensidade, comprometendo ainda mais a estrutura e interrompendo o tráfego local.

Segundo levantamento da Defesa Civil estadual, até o momento, ao menos 58 municípios já registram prejuízos relacionados ao temporal. Casas alagadas, famílias desalojadas, pontes destruídas e escolas com aulas suspensas marcam o rastro de destruição provocado pela chuva constante e volumosa.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e das prefeituras atuam em regime de emergência, enquanto o estado permanece em alerta máximo.

Em Lajeado, no Vale do Taquari

A força das chuvas obrigou seis municípios da região a acionarem seus planos de contingência diante da elevação rápida do nível do Rio Taquari. As cidades de Bom Retiro do Sul, Taquari, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Estrela e Lajeado iniciaram ações preventivas nas últimas horas. As informações são das Defesas Civis dos vales do Taquari e Rio Pardo

Em Lajeado, algumas famílias precisaram ser removidas de suas casas e deslocadas para o Parque do Imigrante. Já em Estrela, uma pessoa portadora de deficiência física, usuária de cadeira de rodas, foi retirada de uma área considerada de risco. A medida visa proteger moradores mais vulneráveis diante do risco de alagamentos em áreas próximas ao rio.

Em Canoas, na Região Metropolitana

O avanço das chuvas no município de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, já afeta de forma direta a rotina de aproximadamente 100 mil pessoas. Alagamentos, bloqueios no transporte público, ruas intransitáveis e prejuízos em áreas residenciais têm alterado o cotidiano da população.

Segundo a Defesa Civil municipal, 430 moradores precisaram deixar suas residências por conta da elevação das águas. A maioria, 352 pessoas, buscou abrigo na casa de familiares ou amigos. Outras 78 foram encaminhadas para abrigos temporários montados pela prefeitura.

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