Uma equipe de Busca e Salvamento publicou nas redes sociais que localizou a turista brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que desapareceu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia. O chefe do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, Muhamad Hariyadi, disse que a vítima foi encontrada pela manhã (horário de Brasília), a aproximadamente 500 metros do ponto inicial em que se verificou a queda.
A equipe afirmou que foi possível fazer a visualização térmica da vítima com o auxílio de drone. "Com base no monitoramento, viu-se que a vítima não se movia. Atualmente, a equipe conjunta de Busca e Salvamento continua trabalhando arduamente para resgatar a jovem, que caiu a centenas de metros de profundidade. Estamos limitados pelo terreno extremo e com neblina ao redor do local do incidente", disse em nota oficial.
Ainda ontem, a direção do Parque Nacional do Monte Rinjani divulgou imagens da operação de resgate, que tinha previsão de ser retomada no fim da noite de ontem no Brasil, manhã na Indonésia (são 11 horas de diferença no fuso horário). Juliana escorregou em um penhasco enquanto percorria uma trilha na sexta-feira e ainda aguardava resgate, somando mais de 60 horas sem água, sem comida nem agasalho adequado.
"Dois alpinistas bem experientes da região estão indo até o local do acidente", publicou ontem um perfil criado por familiares de Juliana para divulgar notícias sobre seu resgate.
"Não temos a informação se conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço, com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local", disse a família.
O Rinjani fica a 3.726 metros de altura e é um vulcão localizado na Ilha de Lombok, a cerca de 1.200 quilômetros de distância de Jacarta. Com a repercussão do caso, sobretudo nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, pediu ao alto escalão do governo indonésio reforços no trabalho de resgate na ilha.
FAMÍLIA
O resgate havia sido novamente interrompido na madrugada de ontem, segundo os parentes, por causa das más condições do tempo Eles têm reclamado da demora no trabalho de salvamento.
O pai de Juliana, Manoel Marins, decidiu viajar rumo à Indonésia para acompanhar a operação no local, mas nesta segunda-feira ainda permanecia em Lisboa, Portugal. Isso porque para chegar à Indonésia o voo precisa passar por Doha, no Catar, mas o aeroporto de lá estava fechado, por causa dos ataques do Irã a uma base militar dos Estados Unidos.
"Um dia inteiro e eles (os socorristas) avançaram só 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até a Juliana com urgência", diz o texto postado pela família.