A América Latina vista como quintal dos Estados Unidos foi uma visão reavivada da década de 1970 pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ainda em abril. Palavras como imperialismo voltaram para a mesa de analistas. E todo o poderio do país, hoje trumpista, sobre os outros se intensificou neste segundo mandato de Donald Trump, em que as tarifas foram mais anunciadas do que da primeira vez que ele sentou em seu "trono".
Tudo isso vem com uma nova roupagem. As medidas nada democráticas e autoritárias são anunciadas pelas redes sociais. Agora, o monitoramento no Brasil se amplia sobre o sistema de pagamento Pix, que vem sendo permitido até mesmo na França já.
Nada que cresça demais pode prosperar aos olhos do império estadunidense. Os sistemas de pagamento americanos dos cartões e do WhatsApp são os que devem ser usados pelo mundo.
Medidas de diversos países de regulamentação das big techs, que nada mais são do que ações para que essas empresas sigam as regras de cada nação em que atuam, passam a ser consideradas como ameaça. E quem se sente acuado o que faz? Parte para cima.
Por trás desses anúncios também há beneficiados, para quem não sabe, compras suspeitas de dólares aconteceram durante os anúncios tarifários de Trump. Então é isso mesmo o que o presidente dos Estados Unidos disse: ele faz porque ele pode. Esta, infelizmente, é a realidade. Não podemos abrir mão da soberania, mas temos que enxergar que realmente eles têm o mundo nas mãos e cabe a nós a negociação diplomática.