Após o feito inédito e histórico do sábado, 19, quando conquistou uma medalha de ouro no conjunto geral em uma etapa da Copa do Mundo, a ginástica rítmica brasileira garantiu ais uma medalha ontem, 20. Ao som de "Evidências", a seleção brasileira de conjunto conquistou a medalha de bronze, ao obter a nota 27.500, na final mista (três bolas e dois arcos), em Milão, na Itália. O novo pódio fechou a participação brasileira no terceiro e último dia da etapa. As duas primeiras colocações ficaram com China (28.200) e Japão (28.000).
As brasileiras conseguiram performance superior na comparação com a de sábado, quando marcaram 26.900 na série mista. Neste domingo, o Brasil obteve 7.600 de artístico e 6.900 de execução. Não sofreu penalidades. A nota de dificuldade foi 13.000.
Na série de cinco fitas, exibida antes, o conjunto brasileiro recebera a nota 19.250, que correspondeu à sétima posição.
Camila Ferezin, a treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto, fez um balanço positivo da temporada 2025 até o momento.
“Das cinco etapas que houve neste ano, entre Copa do Mundo e World Challenge Cup, o Brasil é o único país que conquistou duas medalhas de ouro no conjunto geral. Sabemos que podemos fazer melhor nossas séries, e o foco nos treinos neste mês que nos separa do Mundial será esse. Foi muito importante estarmos presentes, conquistarmos essas medalhas. Daqui para frente, nosso trabalho vai se voltar para o acerto dos últimos detalhes. É continuar treinando para melhorar as execuções. A preparação mental é o que mais fará diferença neste momento, porque elas já sabem aquilo que precisam fazer, já competiram neste nível de disputa que é a Copa do Mundo, na Itália, com bastante público. A gente sabe que todo mundo vai sentir um friozinho na barriga, uma adrenalina, mas o importante é saber lidar com isso tudo. Hoje conseguimos uma superação, que foi trazer uma medalha na série mista depois de não termos ido tão bem na série simples. Outro ponto positivo é a consolidação da nossa presença no pódio, não se trata de conquistas esporádicas”.
No individual, Bárbara Domingos participou de três finais. No arco, ao som de “O Rei Leão”, a ginasta curitibana obteve a sétima colocação (27.450).
A finalista olímpica voltou a se apresentar na final da bola, e nesse aparelho registrou seu melhor desempenho no dia. Com a nota 28.500, ficou em sexto lugar, a menos de um ponto do pódio. A italiana Tara Dragas arrebatou o bronze com a nota 29.400.
Na fita, Babi novamente ficou na sétima posição. Curiosamente, a medalha de ouro coube a uma representante dos donos da casa, Tara Dragas, que, apoiada pela torcida, fez boa exibição ao som de “Cria da Ivete”, composição dos brasileiríssimos Ivete Sangalo, Luciano Chaves e Samir Trindade que alcançou sucesso na voz da diva baiana.
A disputa da etapa de Milão da Copa do Mundo faz parte da preparação para o Mundial do Rio de Janeiro, que começa em um mês, no dia 20 de agosto. (Com informações da Confederação Brasileira de Ginástica)