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Saúde e afetividade: coletivo Ekobé celebra 20 anos de existência
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Saúde e afetividade: coletivo Ekobé celebra 20 anos de existência

Em um espaço da Universidade Estadual do Ceará, o coletivo realiza práticas de convivência, integração e cuidados de forma gratuita para a comunidade
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CELEBRAÇÃO foi feita em oca na Uece (Foto: Gabriela Monteiro)
Foto: Gabriela Monteiro CELEBRAÇÃO foi feita em oca na Uece

O Espaço Ekobé está celebrando 20 anos de seu trabalho de educação popular e práticas integrativas de saúde e sustentabilidade. Desde 2005, oferece práticas de convivência, integração e cuidados de forma gratuita na Universidade Estadual do Ceará (Uece). E em comemoração aos anos de trabalho, o coletivo se reuniu na oca para compartilhar as histórias e memórias vividas.

De mãos dadas, os presentes cantaram, interagiram, dançaram e se confraternizaram na oca montada dentro do campus Itaperi, da Uece. Tambores, flautas, aplausos, votos de gratidão e sorrisos se fizeram presentes. 

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Logo após os momentos de partilha, cantaram-se os parabéns com direito a bolo, frutas e sucos naturais. Sentada em um banquinho com almofadas, uma das fundadoras do grupo, a médica e educadora popular Vera Dantas — conhecida como Verinha — contou que o Ekobé é um espaço de cuidado e formação de cultura montado por meio de um curso de permacultura e ecoconstrução, com todas as práticas realizadas pelos cuidadores voluntários.

"Na nossa programação de aniversário nós fizemos massoterapia, reiki, biodança, constelação familiar, dança circular, escalda-pés e corredor cenopoéticos. E tudo é da prática dos nossos cuidadores voluntários que passam por uma preparação e nos auxiliam nestes momentos. Foi um projeto que nasceu em 2005 em um local que não tinha perspectiva de permanência, mas que hoje já transformou a vida de muitas pessoas", detalha.

Ela conta ainda que inicialmente as atividades coletivas eram desenvolvidas embaixo das mangueiras e que, com a aprovação da política de educação popular com um recurso para o curso de permacultura, o novo espaço foi elevado. "Nós formamos pessoas, contribuímos para a capacitação das pessoas e assim nós seguimos, compartilhamos nossos saberes em prol do coletivo". 

Um exemplo disso é Vilma Duarte, que chegou lá para cuidar de si em 2015 e hoje é cuidadora voluntária do projeto. Ela relata que dentro participou das formações do Ekobé e atualmente trabalha com massoterapia e reflexologia. "Desde que entrei aqui, senti a mudança de dentro para fora. Vim para cá me cuidar após uma situação delicada e hoje eu ajudo a cuidar de outras pessoas. Aqui é lar de transformação".

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Vilma relatou ainda que o Ekobé lhe trouxe empoderamento. "Amo dizer que faço parte daqui, porque eu me encontrei aqui, sou feliz aqui. Sempre que me perguntam eu digo sem medo que faço parte do espaço Ekobé e que encontrei um lugar de vida, um lugar de transformação".

As atividades realizadas pelo coletivo são gratuitas e realizadas por ordem de chegada. O calendário com as práticas terapêuticas é divulgado nas redes sociais do Ekobé como forma de chamar atenção daqueles se interessam pela experiência.

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