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Brasil sai do mapa da fome após três anos
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Brasil sai do mapa da fome após três anos

| INDICADOR | A média trienal 2022/2023/2024 colocou o Brasil abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou falta de acesso à alimentação suficiente
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DADOS constam no Relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (Foto: Lyon Santos/ Ministério do Desenvolvimento Social (MDS))
Foto: Lyon Santos/ Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) DADOS constam no Relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025

O Brasil saiu do Mapa da Fome, conforme anúncio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) nesta segunda-feira, 28. 

A média trienal 2022/2023/2024 colocou o País abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou falta de acesso à alimentação suficiente.

Informações estão no relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 – SOFI 2025", lançado pela FAO durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS+4), divulgado ontem, 28, em Adis Abeba, Etiópia. O encontro vai até hoje, 29.

"Isso significa que reduzimos a insegurança alimentar grave e a subnutrição para menos de 2,5% da população. Uma conquista histórica que mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário", destacou o presidente Lula em comunicado.

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias destacou que a meta era sair do Mapa da Fome até o fim de 2026.

"Mostramos que, com o Plano Brasil Sem Fome, muito trabalho duro e políticas públicas robustas, foi possível alcançar esse objetivo em apenas dois anos. Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia", afirmou.

O Brasil já havia deixado o Mapa da Fome em 2014, mas a reversão desse status ocorreu entre 2018 e 2020, quando, em meio à crise econômica, aumento da desigualdade e desestruturação de programas sociais, a ONU identificou novamente um percentual superior ao tolerado de pessoas com acesso insuficiente a alimentos básicos.

Contudo, segundo dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), aplicada nas pesquisas domiciliares do IBGE, até o fim de 2023 o país conseguiu retirar aproximadamente 24 milhões de pessoas da condição de insegurança alimentar grave.

A conquista foi consolidada em 2024, com a combinação aumento da renda, geração de empregos e programas, transferência de renda e políticas públicas.

Em janeiro de 2025, cerca de 1 milhão de famílias deixaram de receber o Bolsa Família por terem superado a linha da pobreza, em decorrência de novos empregos ou aumento da renda como trabalhadores formais ou autônomos.

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