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Parada Pet: quarta edição mira adoção responsável e saúde para animais e tutores
Farol

Parada Pet: quarta edição mira adoção responsável e saúde para animais e tutores

A quarta Parada Pet ocorreu neste sábado, 9, na praça São José, no bairro Papicu, em Fortaleza, reunindo 700 bichos, cinco veterinários e uma fila para adoção com 20 cachorros e cinco gatos
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FORTALEZA-CE, BRASIL, 09-08-2025: Manhã de serviços do Parada Pet, com vacinação de animais domésticos e tutores. Na ação também ocorreu a feira de adoção e entrega de rações. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA-CE, BRASIL, 09-08-2025: Manhã de serviços do Parada Pet, com vacinação de animais domésticos e tutores. Na ação também ocorreu a feira de adoção e entrega de rações. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)

Mensalmente, o programa itinerante Parada Pet oferece serviços gratuitos para animais e tutores, de vacinação a orientação e consultas veterinárias e médicas em um bairro de Fortaleza. Também houve espaço para a adoção de cães e gatos. Dessa vez, a quarta edição do projeto, iniciada este ano, fez o atendimento para quem mora no bairro Papicu. O serviço, na manhã deste sábado, 9, foi realizado no entorno da praça São José, na rua Amélia Benebien.

Animais abandonados em bairros de Fortaleza preocupam moradores; ENTENDA

A ação contou com vacinação antirrábica, consultas veterinárias, vermifugação, adoções e orientações sobre os direitos dos animais, saúde e bem-estar. Para os tutores, houve proteção contra hepatite B, tétano (DT), tríplice viral e influenza (H1N1). Aos adolescentes, foi oferecida imunização contra a meningite e o papilomavírus humano (HPV).

A promoção é da Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria Municipal de Proteção Animal (SMPA). A estimativa é que o evento reuniu em torno de 700 bichos, sendo tratados por cinco veterinários. 

Os tutores interessados compareceram com a Carteira de Identidade Nacional (CIN), comprovante de endereço e a caderneta de vacinação do animal. Na ocasião, 20 cachorros e cinco gatos estavam à disposição para adoção. 

Os bichos foram resgatados em situação de rua pela casa temporária Lar da Tia Myrlla, o abrigo São Lázaro, o gatil Caza Cat e protetores independentes.

Conforme a Pasta, o evento é uma forma de popularizar a adoção responsável. As outras edições foramno Dionísio Torres,no Conjunto Ceará e na Messejana. 

A população pode solicitar que o Parada Pet passe pela vizinhança através do e-mail da Secretaria.

Segundo a coordenadora da célula de saúde da SMPA, Kailane Luz, o poder municipal dispõe ainda da Clínica Veterinária Jacó e dos Vetmóveis para a causa animal. Há também castração e vacinação destinadas aos seres abandonados, e o programa Veterinário Solidário, que busca prestar apoio aos abrigos e protetores ao passo que os pets estão em ponto de abandono. 

São 500 atendimentos somados durante o primeiro ano da iniciativa. Ela orienta que a população pode solicitar os serviços de assistência por meio do Instagram (@missaopetof).

Chinot Gomes, 43, conselheira tutelar, fez questão de oferecer ração do Missão Pet ao momento. O projeto foca nos animais abandonados, mas não realizam resgaste. Oferecem castração, vermifugação e alimentação.

Critérios para quem quer adotar

As pessoas que nutriam o desejo de adotar os gatos disponíveis tinham que passar pelo crivo de Caroline Bahia, 52, servidora pública. Nas horas vagas, ela se dedica ao projeto Caza Cat há oito anos. De forma voluntária, atua como cat sitter e também resgata filhotes em situação de abandono.

O projeto já conseguiu a adoção para 480 felinos e a castração para 130 bichanos. Os pets foram resgatados no Shopping Rio Mar Papicu e também no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.

"Eu vejo a responsabilidade da família em ter um membro na família. Se for para ter só um animal jogado no quintal, acorrentado, eu não dou. Para mim, ele é uma vida igualzinha a nossa. Não tem diferença. Todos são criaturas de Deus", estabelece Caroline. O critério para a aprovação ao candidato que busca o gato é proporcionar uma casa segura, com telas de proteção, veterinário, vacinação e uma boa ração. 

Caroline aponta que eles merecem ter uma vida digna, com alimentação, cuidado, segurança e carinho. Segundo Caroline, não tem preço ver os bichanos sadios e vacinados. Ela indica que essa sensação preenche o coração e o sentido de viver. "Eu já tive câncer há 10 anos, então eu percebi que o sentido da vida é outro".

Apenas um resgatado do Caza Cat não foi adotado ao fim da programação deste sábado.

"Missão de vida", diz responsável por lar temporário de cães

Myrlla Ribeiro, 30, é responsável pelo lar temporário Lar da Tia Myrlla e ofereceu sete cachorros, incluindo três adultos e quatro filhotes. Ela firma uma responsabilidade de apenas disponibilizar animais à medida que estiverem complemente saudáveis para adoção.

O lar já contou com mais de 50 animais resgatados, cuidados, reabilitados e disponibilizados nos anos de funcionamento. 

"Eu venho de um tratamento de polineuropatia, onde perdi 100% dos movimentos. Passei um ano de cadeira de rodas. Quando voltei a andar, Deus me deu, acredito que não só o dom, mas uma missão de vida, de estar atuando na causa animal", destaca Myrlla.

Segundo ela, a causa animal é muito difícil de lidar no dia a dia, mas sem cogitar desistir. Ela justifica com as dificuldades, mas busca fazer o que está ao alcance. 

Doenças zoonóticas exigem atenção de tutores

Para Letícia Bandeira, 31, veterinária em atendimento neste sábado, é possível diminuir as doenças de origem animal, embora difícil, pelo fato da erradicação ser comprometida pelo número de animais nas ruas. Uma enfermidade bastante comum nesta época do ano é a erliquiose, transmitida pelo carrapato.

De acordo com a veterinária, é essencial a castração por promover o controle populacional e prevenir algumas patologias, como a piometra, uma infecção uterina nas cadelas. Esse quadro atinge o sistema reprodutor, podendo gerar nódulos, cancerígenos ou não, na região reprodutiva, mamas e útero.

"Quando o animal está doente, portando alguma doença zoonótica, ou seja, que pode ser transmitida de animais para humanos, a gente está em risco, a gente está em desequilíbrio. Então, por isso que o veterinário, ele é muito importante na saúde única, porque ele consegue identificar doenças que os animais possuem que podem ser transmitidas para humanos e para o ambiente", objetiva.

As doenças zoonóticas mais frequentes são a
','nm_citno':'raiva','width':'180','height':'120','cd_tetag':'103082','align':'Left','js-changed':'1','id_tetag_tipo':7}"> raiva Um sintoma pode ser a incapacidade de beber água, comprometendo o sistema neurológico.

 — sendo uma condição gravíssima, sem cura, que leva ao óbito — sarna e ','nm_citno':'esporotricose ','width':'180','height':'120','cd_tetag':'103082','align':'Left','js-changed':'1','id_tetag_tipo':7}"> esporotricose É um tratamento longo e difícil, em torno de 4 e 5 meses com medicação antifúngica.
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Essas últimas condições são lesões na pele. Há tratamento na rede pública.

Conheça quem passou pela quarta Parada Pet

Dayse Guerreiro, 59, comerciante, foi a primeira a sair com um novo animal. "É meu primeiro cachorro", relata. O filhote macho tem três meses de idade e foi para o lar já vacinado.

A autônoma conta que foi à Parada Pet na intenção de adotar por ter uma mercearia. Dessa forma, gostaria de uma companhia. O nome do cão seria decidido em conversa com o marido.

Anteriormente, ele era chamado de Ravi, já tendo passado por devolução na sexta-feira, 8. Por conta disso, o critério para permissão foi rigoroso. Myrlla Ribeiro, do lar Tua Myrlla, deve acompanhar a adaptação.

Yasmim Araújo, 27, assistente administrativa, também almejava adotar. Ela saiu com um gato de três meses, com o nome provisório de Rajado, achado no shopping.

Em casa, ela já cuida de um cachorro e passou pelo luto de perder um felino recentemente. Como a filha é apegada aos bichanos, a jovem foi atrás da adoção.

"A gente chega cansada do trabalho, só que eles sempre estão lá para lhe confortar. Fazer carinho, cafuné e rosnado. Às vezes, você está triste e eles estão lá a seu dispor", menciona. A protetora Caroline Bahia destacou a prontidão e o zelo da tutora com o novo pet.

O casal de namorados Emerson Teixeira, 27, personal trainer, e Gabriela Azzulin, 22, contadora, chegou de Messejana para adotar a gata Jade, de 50 dias.

Após resgatar uma felina no shopping Iguatemi, a jovem buscava companhia para a bichana. Eles foram fazer a consulta para a microchipagem e vacinação. "Já tem plano de saúde", contaram animados.

As irmãs Dominique Neves, 28, modelo, e Maria Eduarda, 26, fotógrafa, trouxeram os dois gatos adotados de outras feiras para consulta e vermifugação: Belinha, 1 ano e seis meses, e Sol, que nasceu há poucos dias.

Por engano, Sol estava sendo criado como fêmea. Com a descoberta que o animal era macho, "vai ser Paçoca", rebatizou Dominique, que brevemente não será mãe apenas de pet. Ela está grávida de 32 semanas.

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