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Cliente que espancou entregador no Meireles não foi preso e segue em liberdade
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Cliente que espancou entregador no Meireles não foi preso e segue em liberdade

Há cinco dias, a Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e socorreu o entregador, mas o autor do crime não foi preso ou conduzido à delegacia
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Entregador sofreu ferimentos na cabeça e rosto após agressão de cliente no bairro Meireles, em Fortaleza (Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)
Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO Entregador sofreu ferimentos na cabeça e rosto após agressão de cliente no bairro Meireles, em Fortaleza

Alex Costa Rodrigues, de 50 anos de idade, está internado no Instituto Doutor José Frota (IJF), onde será operado nesta sexta-feira, 15, feriado de Nossa Senhora de Assunção. Ele foi encurralado e espancado por um homem a quem levou encomenda em um condomínio no Meireles, área nobre de Fortaleza, no domingo, 10.

A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e socorreu o entregador, mas o autor do crime não foi preso ou conduzido à delegacia.

O POVO questionou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) o motivo do agressor não ter sido preso em flagrante, mas não houve explicação. 

A SSPDS informou, por meio de nota, que o caso é investigado pela Polícia Civil do Ceará, por meio do 2º Distrito Policial.  Foram colhidos depoimentos e as equipes realizaram diligências sobre o caso. 

O POVO apurou que a vítima passou por exame de corpo de delito no hospital.

A empresa Bee Delivery, plataforma responsável pela entrega, entrou em contato com Alex e tem acompanhado o caso. 

A cirurgia desta sexta-feira, 15, será realizada devido a fraturas nos ossos do rosto. Em conversa com O POVO nesta quinta-feira, 14, o entregador informou que está sob efeito de remédios para dor e anti-inflamatórios, pois continua bastante ferido, mas que está preparado para o procedimento, o qual será importante para a recuperação. 

Espancamento em condomínio 

Conforme o trabalhador, durante a entrega, ele foi encurralado e espancado em um condomínio no bairro Meireles, área nobre de Fortaleza.

No dia do crime, o agressor não foi conduzido à delegacia.  Alex descreve que não entende o motivo para tanta violência e aponta o cliente como um "homem feroz". 

No dia das agressões, o profissional trabalhava na bicicleta realizando entregas por aplicativo desde as 6 horas. À noite, durante a entrega no condomínio, o cliente foi receber a entrega e houve um desentendimento a respeito da forma de pagamento.

Enquanto o cliente pretendia pagar com PIX ou dinheiro em espécie, o profissional explicou que a venda seria no cartão de crédito. Diante da situação, o homem teria se exaltado e começado com as agressões verbais e físicas, em forma de chutes e socos.

Alex tentou se agarrar a uma grade do condomínio, mas havia cerca elétrica. Ele permaneceu sob agressões até a chegada da polícia. 

O entregador descreveu que as pessoas passavam pela via e buzinavam; os moradores gritavam pedindo para que o homem cessasse com as agressões. 

Os próprios agentes de segurança levaram Alex ao Instituto Doutor José Frota (IJF).

SSPDS não respondeu sobre agressor não ter sido preso 

O POVO questionou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por três vezes, o motivo de o agressor não ser preso ou conduzido à delegacia. No entanto, não houve resposta sobre essa questão. 

O órgão informou que o caso de agressão é investigado pelo 2º Distrito Policial, responsável pela área. Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado sobre o caso. 

Houve uma manifestação dos entregadores por aplicativo pedindo por justiça na frente do condomínio. Alguns participantes causaram danos e quebraram a porta que dava acesso aos apartamentos. Neste caso, a SSPDS informou que acompanha o caso e que é necessária a presença de um representante do condomínio para prestar informações. 

O POVO divulga nomes de pessoas presas em flagrante ou em cumprimento de mandado de prisão. Divulga ainda indiciados pela Polícia Civil e denunciados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Neste caso, o agressor não foi preso ou indiciado.

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