O Ministério da Saúde lançou na manhã dessa sexta-feira, 15, no Ceará, uma nova tecnologia para diagnosticar a presença de HPV e câncer no colo do útero. Um novo teste de biologoa molecular DNA-HPV, inteiramente desenvolvida no Brasil e que deve, gradativamente, substituir o exame do Papanicolau na rede pública de saúde.
O lançamento foi feito no Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará (IPCC), e faz parte do programa “Agora tem especialista”, que visa diminuir o tempo de espera em diversos procedimentos médicos, como a oncologia.
Leia Mais - Postos de Fortaleza passam a ofertar autocoleta para exame de HPV
Evento contou com as presenças de Kelly Arruda, superintendente do Ministério da Saúde no Ceará; Tânia Mara Coelho, titular da Secretaria de Saúde do Estado; Weiber Tapeba, Secretário Executivo de Saúde indígena, que veio representando o ministro Alexandre Padilha.
Inicialmente, a nova tecnologia será ofertada em 12 estados brasileiros. Ela é capaz de detectar 14 genotipos do papilomavírus humano (HPV), identificando a presença do vírus no organismo antes da ocorrência de lesões, ou ainda a existência de câncer no colo do útero em fase inicial.
A detecção será possível, inclusive, em mulheres assintomáticas, aumentando as chances de cura com tratamento precoce.
A previsão do Ministério da Saúde é que a nova tecnologia seja utilizada por 5,6 milhões de mulheres nos próximos cinco anos.
Além do Ceará, o novo teste de biologia molecular DNA-HPV está sendo implementado no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal.
A expectativa é que o novo método seja implementado em todo País até o final de 2026.
O HPV é a principal forma de origem do câncer do útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no triênio 2023-2025, cerca de 17 mil mulheres serão diagnosticadas com a doença. Esse é o terceiro câncer com maior incidência em mulheres no Brasil.
Quando for totalmente implementado, o novo teste de câncer do colo do útero deverá atender a cerca de sete milhões de mulheres de 25 a 64 anos anualmente em todo Brasil. "Graças ao SUS e à parceria com estados e municípios, o Brasil será capaz de implementar nacionalmente essa tecnologia em tempo recorde. Países como Reino Unido, Espanha e Portugal levaram de dois a três anos para conseguir o mesmo", celebra Alexandre Padilha, titular do Ministério da Saúde.