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Sobre PCC, cadeia de combustíveis e fintechs
Farol

Sobre PCC, cadeia de combustíveis e fintechs

Operação revelou uma série de esquemas criminosos que perpassavam toda a cadeia produtiva da área de combustíveis
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SP - OPERAÇÃO CARBONO OCULTO/COMBUSTÍVEIS - ECONOMIA - A Polícia Federal realiza Operação Carbono Oculto, no prédio localizado no número 3732 da Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do País, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025. A operação, que conta com equipes da Polícia Militar, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), agentes e fiscais das Receitas Estadual e Federal, é a maior feita até hoje para combater a infiltração do crime organizado na economia formal do País. A ação mira envolvidos no domínio de toda a cadeia produtiva da área de combustíveis, parte da qual foi capturada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). 28/08/2025 - Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO (Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO)
Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO SP - OPERAÇÃO CARBONO OCULTO/COMBUSTÍVEIS - ECONOMIA - A Polícia Federal realiza Operação Carbono Oculto, no prédio localizado no número 3732 da Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do País, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025. A operação, que conta com equipes da Polícia Militar, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), agentes e fiscais das Receitas Estadual e Federal, é a maior feita até hoje para combater a infiltração do crime organizado na economia formal do País. A ação mira envolvidos no domínio de toda a cadeia produtiva da área de combustíveis, parte da qual foi capturada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). 28/08/2025 - Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

FACÇÕES. Na última quinta-feira, três operações, que contaram com participação de diversas agências, revelaram uma série de esquemas criminosos que perpassavam toda a cadeia produtiva da área de combustíveis, beneficiando inclusive o Primeiro Comando da Capital (PCC). Um dos muitos pontos que chamaram a atenção na investigação foi a forma como os criminosos lavavam e blindavam os capitais constituídos ilicitamente. Novamente, as fintechs apareceram como um subterfúgio utilizado de maneira criminosa.

As discricionariedades próprias a essas intermediadoras de pagamento dificultam o monitoramento dos valores movimentados, beneficiando, em muito, atividades ilícitas. "Essas open finances também não são passíveis de bloqueio de valores por meio do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud)", já havia mostrado O POVO na reportagem Máfias internacionais estão por trás de influenciadores que divulgam o "Jogo do Tigrinho", publicada em maio. 'Então, o pilantra foi ao banco tradicional, abriu a instituição de pagamento", afirmou o delegado (Erick Sallum). 'Aí, depois, o pilantra procura outro pilantra e abre uma (conta) embaixo. E só lá embaixo você teria os usuários finais. Isso aqui gera um embaralhamento do dinheiro que é impossível ser rastreado'".

Na coletiva realizada pelas autoridades que participaram da operação Carbono Oculto, foi consenso que medidas no âmbito penal, marcos regulatórios e outras ações administrativas são de suma importância.

 

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