No trimestre de 2025, encerrado em julho, a taxa de desocupação do Brasil reduziu e atingiu o menor valor da série histórica, iniciada em 2012, chegando a 5,6% e renovando o recorde anterior.
O dado foi divulgado nesta terça-feira, 16 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi gerado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
O número teve recuo em todas as bases de comparação. Analisando o trimestre anterior, de fevereiro a abril, o índice caiu 1 ponto percentual. Olhando para o igual período, no ano passado, quando o registrado era de 6,8%, o dado também teve diminuição.
Veja taxa de desocupação e subutilização no trimestre
O mercado esperava uma taxa para os meses de maio a julho um pouco acima do resultado apresentado, em 5,7%.
A população desocupada caiu para 6,118 milhões no período de três meses, computando o menor contingente desde 2013.
A taxa de subutilização (14,1%), que são as pessoas de idade ativa que trabalham menos horas que o desejado, foi a mais baixa da série, recuando 1,3 ponto percentual frente aos três meses anteriores, e 2,1 pontos ante ano anterior. O número de subutilizados chegou a 16,1 milhões de pessoas.
A parcela da população desalentada, que não encontra emprego, caiu para 2,7 milhões no País, atingindo 2,4% do total.
Olhando o outro lado da moeda, a população ocupada também atingiu um novo recorde da série histórica, com os trabalhadores somando 102,4 milhões no País. Número cresceu 1,2%, quando olhamos para o trimestre anterior, e 2,4% no ano.
O nível de ocupação, índice que analisa pessoas em idade de trabalhar que estão ocupadas, continuou em valor recorde, com 58,8%. O dado subiu 0,6 ponto no trimestre e 0,9 no ano.
“Esses números sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”, comentou William Kratochwill, analista do IBGE.
Quando falamos de empregos com carteira assinada no setor privado, sem levar em conta os trabalhadores domésticos, o número também foi recorde, com 39,1 milhões de pessoas. Por outro lado, 13,5 milhões de trabalhadores não têm carteira assinada na iniciativa privada.
No setor público, onde os números são ligeiramente menores, os empregados chegaram a 12,9 milhões, também como recorde histórico. Analisando lado a lado, o dado cresceu 3,4% no trimestre e 3,5% no ano. Já a população que trabalha por conta própria, atingiu 25,9 milhões.
A taxa de informalidade no Brasil foi de 37,8% da população ocupada, cerca de 38,8 milhões de trabalhadores informais. Número caiu 0,2 ponto ante o trimestre anterior e 0,9 comparando com mesmo período de 2024.
O rendimento real habitual, contabilizando o valor médio que os trabalhadores recebem mensalmente, sem descontar a inflação, foi de R$ 3.484, tendo crescimento ante períodos anteriores.
Somando todos os rendimentos mensais, a Massa de Rendimento dos Trabalhadores é recorde no trimestre, com R$ 352,4 bilhões, crescendo devido ao número de trabalhadores e seus rendimentos.
“Os indicadores do mercado de trabalho estão atingindo patamares de destaque, com as medidas de subutilização em patamares mínimos ou próximos do mínimo. No entanto, os rendimentos apresentaram variações marginais, salvo para os militares e funcionários públicos estatutários, o que contribuiu para o aumento do rendimento médio no país”, acrescentou o especialista.
Três grupamentos de atividades puxaram a alta das ocupações no trimestre móvel, são eles:
Os demais grupos mantiveram estabilidade no período.
Já comparando com maio, junho e julho de 2024, cinco grupamentos obtiveram variação, como:
A quantidade de pessoas de idade ativa, ocupadas e desocupadas no País, cresceu no trimestre, chegando a 108,6 milhões.
O número, que representa a força de trabalho, atingiu recorde da série, subindo 1,1% ante mesmo período do ano anterior.