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Apontado como chefe de facção em Iguatu é morto na Serrinha
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Apontado como chefe de facção em Iguatu é morto na Serrinha

Thiago Oliveira Valentim era investigado por interferir nas eleições municipais de 2024. Crime pode ter sido praticado por membros do Comando Vermelho
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Thiago Oliveira Valentim foi registrado nas proximidades da Praça da Cruz Grande, no bairro Serrinha, em Fortaleza. Imagem meramente ilustrativa (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Thiago Oliveira Valentim foi registrado nas proximidades da Praça da Cruz Grande, no bairro Serrinha, em Fortaleza. Imagem meramente ilustrativa

Um homem apontado como chefe de uma facção criminosa que age em Iguatu, município do Centro-Sul do Estado, foi morto a tiros na tarde de sexta-feira, 19, no bairro Serrinha, em Fortaleza.

Thiago Oliveira Valentim, conhecido como Smoke ou Thiago Fumaça, de 39 anos, era acusado, inclusive, de interferir nas eleições municipais de 2024 em prol de um candidato a prefeito e de um candidato a vereador.

Thiago foi morto por volta das 15h20min ao lado da Praça da Cruz Grande. Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito havia sido preso. O POVO apurou, porém, que uma das linhas investigativas indica que Thiago havia tido a morte decretada por membros da facção Comando Vermelho (CV), a qual ele chegou a integrar.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.

Thiago havia sido preso por força de mandado de prisão temporária em setembro de 2024, após ser apontado, no contexto da operação "Tempestade", da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), como “o líder do tráfico de drogas e principal expoente da facção criminosa Comando Vermelho (CV), nos bairros Santo Antônio, Novo Iguatu, Vila Neuma e Vila Moura, em Iguatu”.

Na Tempestade, ainda foi identificado que Thiago deixou o CV e passou a se considerar como parte da Massa Carcerária. Conversas encontradas em celulares apreendidos pela PC-CE também apontaram que Thiago recebeu R$ 10 mil da advogada Márcia Rúbia Batista Teixeira após esta pedir a ele indicação de uma pessoa para ser “coordenador do bairro”.

Para a PC-CE, tratava-se de um pedido para colocar uma pessoa para coordenar a campanha eleitoral com fins de angariar votos ao candidato Roberto Filho (PSDB).

Além disso, Thiago ainda apareceu negociando apoio ao então candidato a vereador Jocélio de Araújo Viana em troca de um pagamento de R$ 50 mil.

Jocélio teve os direitos eleitorais cassados por oito anos. Já Roberto Filho, que conseguiu eleger-se prefeito, chegou a ser indiciado pela Polícia Federal, mas foi absolvido em decisão de primeira instância da Justiça Eleitoral. O Ministério Público Eleitoral (MPE) recorre da decisão.

Contra Thiago, havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de integrar organização criminosa.

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