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Ataque a tiros e incêndio deixam 2 mortos e vários feridos em igreja mórmon nos EUA
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Ataque a tiros e incêndio deixam 2 mortos e vários feridos em igreja mórmon nos EUA

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Esta captura de quadro de imagens de drone UGC obtidas de
Foto: X/Julie J/@MALKOWSKI6APRIL / AFP Esta captura de quadro de imagens de drone UGC obtidas de "X/Julie J/@MALKOWSKI6APRIL" mostra um incêndio na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Grand Blanc Township, Michigan, em 28 de setembro de 2025. Pelo menos duas pessoas morreram e várias outras ficaram feridas no domingo, depois que um atirador atacou uma igreja mórmon em Michigan, disseram as autoridades, na mais recente tragédia mortal que o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou de parte de uma "epidemia de violência" nacional. O suspeito, um homem de 40 anos de uma cidade próxima no estado do norte dos EUA, foi morto a tiros por policiais que responderam ao ataque, no qual a igreja também foi incendiada, disse a polícia, sem especificar nenhum possível motivo. (Foto de HANDOUT / X/Julie J/@MALKOWSKI6APRIL / AFP) / RESTRITO AO USO EDITORIAL - CRÉDITO OBRIGATÓRIO "FOTO AFP / X/JULIE J/@MALKOWSKI6APRIL / HANDOUT" HANDOUT - SEM MARKETING, SEM CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS - DISTRIBUÍDO COMO UM SERVIÇO AOS CLIENTES

Pelo menos duas pessoas morreram e diversas outras ficaram feridas neste domingo (28) depois que um homem armado abriu fogo em uma igreja mórmon no estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos, onde o edifício também foi incendiado.

O suspeito, Thomas Jacob Sanford, de 40 anos, foi morto pelas forças de segurança oito minutos depois de iniciado o ataque, informaram as autoridades, sem especificar a motivação do crime.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou o ataque como "horrendo".

"Isso parece ser mais um ataque direcionado a cristãos nos Estados Unidos", escreveu ele em sua plataforma Truth Social. "Esta epidemia de violência em nosso país deve cessar imediatamente!", acrescentou.

O chefe de polícia local, William Renye, declarou que o suspeito, oriundo da localidade vizinha de Burton, entrou com seu veículo na igreja pela entrada principal, por volta das 10h25 locais (11h25 em Brasília) e depois começou a disparar contra as pessoas que estavam no interior com um fuzil de assalto.

Naquele momento, havia "centenas de pessoas dentro da igreja" que estavam participando de uma cerimônia religiosa, disse.

As autoridades acreditam que Sanford também incendiou deliberadamente a igreja antes de ser morto pelos agentes de segurança que atenderam à ocorrência, afirmou Renye.

O funcionário disse que dez pessoas ficaram gravemente feridas e duas delas morreram devido às lesões. Sete estavam em condição estável e uma em estado crítico.

"Achamos que vamos encontrar mais vítimas uma vez que tenhamos assegurado o lugar", acrescentou Renye após afirmar que o incêndio tinha sido controlado.

Imagens do local mostravam socorristas levando pessoas em macas e uma grande coluna de fumaça escura saindo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em Grand Blanc, uma localidade nos arredores da cidade de Flint.

"Meu marido ouviu pessoas gritando", disse à AFP Dobbie Horkey, que vive a menos de 200 metros da igreja.

"Ouvi tiros. Todos nós voltamos para nossas casas e esperamos. Depois chegaram as ambulâncias [...] e nos disseram que o agressor tinha sido neutralizado [...] e, agora, há fumaça em toda a parte", acrescentou.


- 'Ato covarde e criminoso' -

O diretor do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), Kash Patel, afirmou que seus agentes já estão no local para apoiar a investigação.

"A violência em um lugar de culto é um ato covarde e criminoso. Nossas preces estão com as vítimas e suas famílias", declarou Patel na rede X.

Por sua vez, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, escreveu na rede X que "uma violência deste tipo em um local de culto é impactante e aterradora", e pediu orações "pelas vítimas desta tragédia terrível".

Os Estados Unidos têm vivenciado um claro aumento da violência política nos últimos anos, incluindo o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk em 10 de setembro, o que exacerbou ainda mais as tensões.

Após o assassinato de Kirk, e sem saber imediatamente a motivação do crime, a direita trumpista se apressou em acusar a esquerda de ser responsável pelo clima de violência política que reina no país e falou de "terrorismo interno" de esquerda.

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