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Alívio ao bolso: Cesta básica de Fortaleza teve maior queda de preços do País
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Alívio ao bolso: Cesta básica de Fortaleza teve maior queda de preços do País

Valor dos 12 itens que compõem a alimentação essencial do fortalezense teve deflação de 6,31% na passagem dos meses de agosto para setembro
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Tomate geralmente é um dos vilões da inflação, mas ficou mais em conta em setembro (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Tomate geralmente é um dos vilões da inflação, mas ficou mais em conta em setembro

A cesta básica de Fortaleza teve deflação de 6,31% na passagem de agosto para setembro, registrando a maior queda de preços do País.

Mas isso não significa que o valor de R$ 677,42 seja o mais em conta. Das 27 capitais analisadas, a Cidade fica no 14º preço mais alto. 

Para se ter ideia, Aracaju tem a menor precificação (R$ 552,65), enquanto São Paulo tem a maior (R$ 842,26).

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 8 de outubro, por meio da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos, realizada na parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O levantamento evidencia que, para adquirir os produtos da cesta básica, o trabalhador fortalezense teve de desprender 98h e 11 minutos de sua jornada de trabalho mensal de 220 horas.

Além disso, o gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 2.032,26 na Capital.

Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto da Previdência Social (7,5%), o contribuinte de Fortaleza, em setembro de 2025, consumiu 48,24% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. 

Em suma, a deflação da cesta foi influenciada pela queda nos preços de onze produtos. O único a registrar elevação no preço foi o óleo de soja (2,17%). Veja o que barateou:

  1. Tomate (-32,85%)
  2. Farinha (-5,65%)
  3. Arroz (-3,52%)
  4. Banana (-3,49%)
  5. Pão (-2,75%)
  6. Feijão (-2,13%)
  7. Açúcar (-2,13%)
  8. Leite (-1,93%)
  9. Manteiga (-0,70%)
  10. Carne (-0,53%)
  11. Café (-0,09%) 

Cesta básica até o semestre e o ano encerrado em setembro.

Com base em setembro, na formação de um semestre até o referido mês, a queda da cesta básica de Fortaleza foi de 6,88%.

No acumulado do ano encerrado no nono período do ano já houve inflação de 9,99%.

Isto significa que a alimentação básica em setembro de 2025 (R$ 677,42) está mais barata do que em março de 2025 (R$ 727,46) e mais cara do que em setembro de 2024 (R$ 615,92).

No semestre, dos produtos que compõem a cesta básica, nove sofreram reduções em seus preços, dos quais, destacam-se: tomate (-33%), arroz (-21,24%) e farinha (-8,85%).

Três itens apresentaram elevações nos preços: café (9,41%), óleo (1,11%) e manteiga (0,24%).

Na série de 12 meses, as quedas foram registradas sobretudo em arroz (-26,52%), feijão (-15,64%) e farinha (-15,53%).

As maiores elevações foram no café (60,87%), tomate (46,10%), e carne (22,40%).

Comportamento da cesta básica de setembro no Brasil

O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 22 das 27 capitais analisadas.

Entre agosto e setembro de 2025, as maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%).

Entre as cidades com elevação do valor da cesta, destaca-se Campo Grande (1,55%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22).

“A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).

Entre setembro de 2024 e o mesmo mês de 2025, nas 17 capitais onde é possível comparar os valores da cesta nesse período, os preços aumentaram em todas as localidades, com variações entre 3,87%, em Belém, e 15,06%, em Recife.

No acumulado no ano, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, 12 dessas 17 capitais tiveram alta e cinco apresentaram queda.

As maiores elevações ocorreram em Recife (4,69%), Porto Alegre (3,54%) e Salvador (3,06%). As capitais com as principais variações negativas foram Brasília (-3,15%) e Goiânia (-3%).

Salário mínimo ideal para atender as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de São Paulo, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.075,83 ou 4,66 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.

O patamar considera a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em agosto, o valor necessário era de R$ 7.147,91 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412.

Veja também: Como os supermercados fazem você gastar mais?

 

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