Em julho de 2021, os editores do Esportes O POVO decidiram dar uma coluna para a então estudante de jornalismo Iara Costa. A proposta era promover diversidade, trazer novas vozes e galgar um assunto diferente das disputas de Ceará e Fortaleza no futebol feminino.
Esse pequeno passo gerou uma onda, que já desaguou em uma transmissão de futebol feminino ao vivo, em TV aberta, pelo Grupo de Comunicação O POVO. Aquele bater de asas iniciou uma transformação que nenhum de nós seria capaz de adivinhar.
Cito o protagonismo da Iara porque ela ilustra a evolução do futebol feminino cearense. Ou pelo menos dos dois maiores clubes do Estado, que dominam a modalidade desde 2018. Ambos — o Ceará em 2022, o Fortaleza agora em 2025 —, atingiram o Brasileirão Série A1, a elite do futebol feminino.
Assim, essa onda de futebol feminino virou movimento natural. Na quinta-feira, 16, Iara teve a companhia do narrador Alessandro Oliveira, do comentarista Mateus Moura, do repórter Horácio Neto, da fotógrafa Fernanda Barros, na transmissão de estreia. E foi no Campeonato Cearense, com Clássico-Rainha, termo nascido também no O POVO, da lavra de Domitila Andrade.
O Brasil também cresceu. Foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 e vem acumulando recordes de público em temporadas recentes.
Mais que isso, seremos sede da Copa do Mundo Feminina em 2027. Com jogos no Castelão. Eu soube disso antes da maioria. Afinal, pude ler na coluna de Iara Costa.