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Dois suspeitos são presos por roubo de joias no Louvre
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Dois suspeitos são presos por roubo de joias no Louvre

Homens foram detidos após o furto de oito peças da coroa francesa avaliadas em cerca de R$ 15 milhões; os suspeitos já possuem antecedentes criminais
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A coroa de diamantes e esmeraldas foi encontrada quebrada perto do Louvre após o roubo (Foto: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP)
Foto: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP A coroa de diamantes e esmeraldas foi encontrada quebrada perto do Louvre após o roubo

A polícia francesa prendeu dois suspeitos de envolvimento no roubo das joias da coroa francesa expostas no Museu do Louvre, em Paris.

As prisões ocorreram na noite de sábado, 25, uma semana após o crime, e foram confirmadas neste domingo, 26, pelo gabinete da Promotoria de Paris (Parquet de Paris).

De acordo com informações da agência Reuters e do jornal francês Le Monde, os homens, ambos com cerca de 30 anos e antecedentes criminais por furtos de alto valor, foram detidos em operações distintas.

Um deles foi capturado no aeroporto de Charles de Gaulle, quando se preparava para embarcar para a Argélia; o outro foi preso em um subúrbio de Paris, na região de Seine-Saint-Denis.

Roubo ocorreu em menos de oito minutos

O furto aconteceu no domingo, 19, quando quatro homens mascarados invadiram a Galeria de Apolo: espaço que abriga parte das joias da coroa francesa, se passando por trabalhadores.

De acordo com as autoridades, o grupo utilizou um caminhão com plataforma para alcançar uma janela lateral do prédio histórico, quebrando duas vitrines de segurança e fugindo em motocicletas.

Em menos de oito minutos, os criminosos levaram oito peças, entre elas colares, coroas e tiaras, avaliadas em cerca de € 88 milhões (aproximadamente R$ 515 milhões). Uma das joias, identificada como a coroa da imperatriz Eugénie de Montijo, esposa de Napoleão III, foi abandonada danificada durante a fuga.

Segundo a agência Associated Press (AP), o ataque foi considerado um dos mais ousados já registrados na França desde o roubo de diamantes do Hôtel Ritz, em 2018.

Investigação avança com base em DNA e câmeras

Fontes ligadas à investigação informaram que os dois detidos já vinham sendo monitorados pela polícia. No local do crime, foram encontrados coletes, capacetes, ferramentas elétricas e rádios de comunicação usados na ação.

A perícia coletou mais de 150 vestígios de DNA e impressões digitais, que ajudaram a identificar os suspeitos.

A procuradora de Paris, Laure Beccuau, afirmou que cerca de 100 investigadores participam do caso e criticou o vazamento de informações na imprensa, que segundo ela, pode comprometer o andamento das investigações.

Apesar das prisões, as autoridades francesas ainda não localizaram as joias roubadas nem confirmaram se os dois homens detidos participaram diretamente do assalto. As investigações seguem para identificar os outros envolvidos e rastrear o destino das peças.

Segurança do museu é questionada

O crime levantou dúvidas sobre a segurança do Louvre, um dos museus mais visitados do mundo. A diretora da instituição, Laurence des Cars, reconheceu que havia um “ponto cego” na vigilância externa da Galeria de Apolo, o que teria permitido a aproximação dos criminosos sem detecção imediata.

Mesmo com o funcionamento do sistema interno de alarme, a rapidez da ação impediu a intervenção imediata da polícia. O ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, elogiou o trabalho das forças de segurança e disse que o governo trabalha para reforçar a proteção dos museus nacionais.

Autoridades francesas também manifestaram preocupação com a possibilidade de as joias já terem sido desmontadas ou enviadas ao exterior para revenda ilegal.

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Próximos passos da investigação

Os dois suspeitos permanecem sob custódia e podem ser formalmente indiciados após 96 horas de detenção, prazo máximo previsto na legislação francesa para casos de crime organizado.

A Promotoria de Paris afirmou que as investigações continuam em curso e não descarta novas prisões nos próximos dias.

As autoridades também estudam medidas para aprimorar o sistema de vigilância e reforçar o controle de acesso ao entorno do Louvre, que recebe milhões de visitantes anualmente.

 

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