A taxa de desocupação do Ceará caiu para 6,4% no terceiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 14, pelo IBGE.
O índice recuou 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,6%) e 0,3 ponto frente ao mesmo período de 2024 (6,7%).
No total, 257 mil pessoas estavam desempregadas no Estado, 2% a menos que há um ano. A queda, ainda que moderada, mantém a trajetória de melhoria iniciada no começo do ano.
O Estado continua com uma das taxas mais baixas de desocupação do Nordeste, região que historicamente registra os indicadores mais altos do país. Embora ainda esteja acima das taxas observadas no Sul e Sudeste, o Ceará se mantém em posição mais favorável do que a maior parte dos vizinhos nordestinos.
Mesmo com a redução do desemprego, a informalidade segue como marca forte do mercado de trabalho cearense. No trimestre, 51,1% da população ocupada trabalhava sem carteira assinada, por conta própria sem CNPJ ou em outras formas informais, um contingente de 1,9 milhão de pessoas.
O percentual coloca o Ceará entre os estados com maior proporção de trabalhadores informais do país e acompanha a tendência nacional, na qual o crescimento da ocupação recente tem sido puxado sobretudo por vagas informais.
O rendimento médio habitual no estado foi de R$ 2.352, praticamente igual ao registrado no segundo trimestre (R$ 2.341). Em comparação com o mesmo período de 2024, porém, houve aumento de 7,8%, acima da inflação acumulada no intervalo.
Esse movimento, segundo o IBGE, espelha a recuperação gradual da renda observada no país ao longo do último ano.
O número de pessoas em desalento, indicador que se refere às pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis para assumir uma vaga, mas que desistiram de procurar emprego, também recuou.
Com 4,7%, o Ceará aparece numa posição intermediária entre as unidades da federação: acima da média nacional (2,4%), mas distante dos índices mais elevados do Norte e Nordeste, que chegam a superar 7%.
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre força de trabalho no Brasil. A coleta trimestral envolve cerca de 211 mil domicílios distribuídos por mais de 3.500 municípios, permitindo acompanhar tendências de emprego, renda, informalidade e desalento com base comparável ao longo do tempo.