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Fortaleza é a terceira cidade da América Latina mais apta para ciclistas, diz pesquisa
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Fortaleza é a terceira cidade da América Latina mais apta para ciclistas, diz pesquisa

Dado é apontado na Copenhagenize 2025, índice global da Copenhagenize Design Company que foi divulgado nesta semana
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A BEIRA MAR é um dos locais da prática (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS A BEIRA MAR é um dos locais da prática

Fortaleza é a terceira cidade da América Latina mais adequada para ciclistas, conforme apontado na Copenhagenize 2025, índice global da Copenhagenize Design Company que foi divulgado nesta semana. 

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Ranking é publicado a cada dois anos e indica os municípios "mais amigos" da bicicleta no mundo, considerando indicadores que avaliam a infraestrutura da cidade, os investimentos realizados nos modais, os projetos para o ciclismo seguro e contínuo, a participação feminina nas viagens, entre outros. 

No processo foram selecionadas 100 cidades, considerando áreas urbanas com mais de 250 mil habitantes e também aquelas com populações menores mas que apresentavam uma participação significativa do uso de bicicletas. Cada uma delas recebeu pontuações padronizadas de 0 a 100 para cada indicador avaliado. 

Na análise final, Utrecht, na Holanda, aparece como o município mais ciclavél do mundo, termo dado para caracterizar regiões que priorizam e incentivam o uso da bicicleta como meio de transporte. 

Fortaleza ficou em 69º colocação no ranking mundial. Já no recorte dos países da América Latina, a cidade cearense permanece atrás apenas de Niterói, no Rio de Janeiro, e de Bogotá, capital da Colômbia. 

Cinco cidades mais cicláveis da América Latina: 

1. Niterói;
2. Bogotá;
3. Fortaleza;
4. Guadalajara;
5. Buenos Aires.

Fortaleza inicia teste de soluções para incentivar uso de bicicleta

A posição de Fortaleza no ranking mundial foi citada durante a apresentação da nova fase do Edital de Inovação Aberta em Ciclomobilidade, realizada pela Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação (Citinova) e pela Secretária da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) nesta quarta-feira, 19, na Capital.

Financiado pela organização filantrópica global Bloomberg Philanthropies, o edital selecionou três projetos que indicaram capacidade de "estimular a ciclomobilidade". Já a partir desta quinta-feira, 20, eles devem iniciar a fase de testes e pilotagem e, caso mostrem efetividade, podem ser contratados pelo Município. 

Primeira iniciativa se trata de um Aplicativo de Bonificação para Ciclistas, que vai registrar deslocamentos e recompensar financeiramente usuários cadastrados de acordo com os quilômetros pedalados por eles. 

A segunda solução é um dispositivo de sinalização viária inteligente chamado de "SafeLane", que se refere a um "equipamento luminoso instalado em cruzamentos que detecta ciclistas e alerta motoristas, prevenindo acidentes e aumentando a segurança", além de coletar dados para políticas de mobilidade.

 

Já a terceira iniciativa é uma Bicicleta Elétrica Compartilhada para Entregadores, projeto chamado de "Serttel". Veículo deve seguir o modelo de compartilhamento que já existe em Fortaleza, mas será projetado ergonomicamente e voltado exclusivamente para quem realiza entrega por aplicativo. 

Ações marcam o primeiro Contrato Público de Solução Inovadora (CPSI) de Fortaleza, "um instrumento previsto no Programa InovaFor que permite ao poder público testar soluções antes de uma contratação".

"Modalidade é muito importante, pois quando se trata de inovação, que você não conhece a solução, é importante que você teste e os meios tradicionais de licitação não permitem esse teste, você compra e se der errado não tem o que fazer", pontua Vitor Macedo, coordenador de Mobilidade Urbana da SCSP.

De acordo com ele, os testes dos projetos devem durar até o primeiro semestre do próximo ano. Caso eles tenham bons resultados, podem ser contratados de forma definitiva pela Prefeitura e até expandidos. 

Para George Lima, presidente da Citinova, iniciativas devem tornar Fortaleza cada vez mais ciclável. 

"Foi investido um bom dinheiro nas vias de Fortaleza com essas ciclovias e nós não vamos andar para trás, nós vamos pensar no futuro como na Europa (onde) as pessoas usam muito bicicleta (....) Isso está se tornando uma cultura cada vez mais (forte) eu acredito pessoalmente que a tendência de uso de bicicleta daqui a cinco anos seja pelo menos quatro vezes mais do que é hoje aqui em Fortaleza", diz. 

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