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Natal terá maior volume de vendas do varejo desde 2014, diz CNC
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Natal terá maior volume de vendas do varejo desde 2014, diz CNC

A pesquisa também estima maiores contratações temporárias durante o Natal e um aumento de 2,5% nos preços de produtos típicos da época
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2025 poderá ser o melhor Natal para o comércio desde 2014 (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA 2025 poderá ser o melhor Natal para o comércio desde 2014

As vendas no varejo, relacionadas ao Natal, são projetadas para R$ 72,71 bilhões em 2025 no Brasil, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A previsão é 2,1% maior do que o negociado em igual data de 2024, quando o faturamento chegou a R$ 71,2 bilhões.

Caso seja confirmada, 2025 será o melhor Natal para o comércio desde 2014, quando o varejo movimentou R$ 77,26 bilhões.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, comenta estar esperançoso em entrar em 2026 com bons resultados para os comerciantes.

“Em um ano de desaceleração da economia e do comércio, a estimativa representa esperança para os varejistas, que podem compensar uma parte das dificuldades causadas pelo alto custo de acesso ao crédito e endividamento da população no Brasil ao longo de 2025”, afirma o presidente.

Projeção de contratações temporárias

Os dados também são positivos para quem busca oportunidade profissional.

A pesquisa aponta um aumento de aproximadamente 5% na quantidade de vagas temporárias para o Natal de 2025, em comparação ao ano anterior.

Foram contratadas 107,1 mil pessoas para funções relacionadas a vendas natalinas em dezembro de 2024. Já neste ano, 112,6 mil vagas devem ser oferecidas a trabalhadores temporários.

Empresários também estimam que 11% desta população — cerca de 12,1 mil pessoas — deve ser efetivada, segundo a pesquisa.

De acordo com Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, a variação positiva foi detectada ainda no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de novembro.

Nesta pesquisa, 70% dos comerciantes entrevistados afirmaram estar projetando contratações para o período de boas vendas que se inicia na Black Friday e vai até o Natal.

“Essas oportunidades podem gerar impacto positivo em curto e médio prazo, pois a estabilidade no baixo desemprego no País é um dos fatores necessários para melhorias na economia em 2026”, projeta o economista.

Cerca de metade das novas contratações previstas deve vir do setor de hiper e supermercados, que concentra 49,42% das vagas.

Logo depois aparecem as lojas de roupas e calçados, responsáveis por 22,58%, enquanto o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos deve representar 16,82% das oportunidades.

No que diz respeito ao volume de vendas, supermercados e o varejo de vestuário e calçados também puxam as expectativas.

As estimativas apontam faturamentos de R$ 31,51 bilhões (43,3% de todo o montante projetado) e R$ 22,82 bilhões (31,4%), respectivamente.

A CNC também prevê um aumento na remuneração oferecida para o período natalino.

Para 2025, o salário médio estimado é de R$ 1.983,54 — 7,4% acima do valor pago nas contratações temporárias de 2024, significando um ganho real de 2,7% após o desconto da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Impacto no bolso dos consumidores

A comparação entre os preços da cesta de produtos típicos do período natalino indica que, em média, os itens devem ficar 2,5% mais caros em relação ao Natal de 2024.

Os maiores encarecimentos devem ocorrer em categorias como joias e bijuterias, com alta de 20,5%, seguidas pelos artigos de maquiagem (+8,4%) e pelos livros (+7,2%).

Em contrapartida, alguns itens tendem a pesar menos no bolso: aparelhos telefônicos devem registrar queda de 7,2%, enquanto TVs, equipamentos de som e produtos de informática devem recuar 4,5%.

Os vinhos também devem apresentar leve redução, de 1,2%, na comparação com o ano passado.

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