As vendas no varejo, relacionadas ao Natal, são projetadas para R$ 72,71 bilhões em 2025 no Brasil, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A previsão é 2,1% maior do que o negociado em igual data de 2024, quando o faturamento chegou a R$ 71,2 bilhões.
Caso seja confirmada, 2025 será o melhor Natal para o comércio desde 2014, quando o varejo movimentou R$ 77,26 bilhões.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, comenta estar esperançoso em entrar em 2026 com bons resultados para os comerciantes.
“Em um ano de desaceleração da economia e do comércio, a estimativa representa esperança para os varejistas, que podem compensar uma parte das dificuldades causadas pelo alto custo de acesso ao crédito e endividamento da população no Brasil ao longo de 2025”, afirma o presidente.
Os dados também são positivos para quem busca oportunidade profissional.
A pesquisa aponta um aumento de aproximadamente 5% na quantidade de vagas temporárias para o Natal de 2025, em comparação ao ano anterior.
Foram contratadas 107,1 mil pessoas para funções relacionadas a vendas natalinas em dezembro de 2024. Já neste ano, 112,6 mil vagas devem ser oferecidas a trabalhadores temporários.
Empresários também estimam que 11% desta população — cerca de 12,1 mil pessoas — deve ser efetivada, segundo a pesquisa.
De acordo com Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, a variação positiva foi detectada ainda no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de novembro.
Nesta pesquisa, 70% dos comerciantes entrevistados afirmaram estar projetando contratações para o período de boas vendas que se inicia na Black Friday e vai até o Natal.
“Essas oportunidades podem gerar impacto positivo em curto e médio prazo, pois a estabilidade no baixo desemprego no País é um dos fatores necessários para melhorias na economia em 2026”, projeta o economista.
Cerca de metade das novas contratações previstas deve vir do setor de hiper e supermercados, que concentra 49,42% das vagas.
Logo depois aparecem as lojas de roupas e calçados, responsáveis por 22,58%, enquanto o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos deve representar 16,82% das oportunidades.
No que diz respeito ao volume de vendas, supermercados e o varejo de vestuário e calçados também puxam as expectativas.
As estimativas apontam faturamentos de R$ 31,51 bilhões (43,3% de todo o montante projetado) e R$ 22,82 bilhões (31,4%), respectivamente.
A CNC também prevê um aumento na remuneração oferecida para o período natalino.
Para 2025, o salário médio estimado é de R$ 1.983,54 — 7,4% acima do valor pago nas contratações temporárias de 2024, significando um ganho real de 2,7% após o desconto da inflação acumulada nos últimos 12 meses.
A comparação entre os preços da cesta de produtos típicos do período natalino indica que, em média, os itens devem ficar 2,5% mais caros em relação ao Natal de 2024.
Os maiores encarecimentos devem ocorrer em categorias como joias e bijuterias, com alta de 20,5%, seguidas pelos artigos de maquiagem (+8,4%) e pelos livros (+7,2%).
Em contrapartida, alguns itens tendem a pesar menos no bolso: aparelhos telefônicos devem registrar queda de 7,2%, enquanto TVs, equipamentos de som e produtos de informática devem recuar 4,5%.
Os vinhos também devem apresentar leve redução, de 1,2%, na comparação com o ano passado.
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