A polícia australiana informou na noite de ontem, 14 (horário de Brasília), que os dois atiradores que mataram 15 pessoas na praia de Bondi, em Sidney, na Austrália, eram pai e filho. A dupla promoveu disparos durante o Hannukah, evento da comunidade judaica, na madrugada de domingo no Brasil. Cerca de mil pessoas participavam da celebração, segundo a polícia.
O "O [suspeito] de 50 anos morreu. O de 24 está atualmente no hospital", informou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, em coletiva de imprensa, na qual acrescentou que as autoridades não estão à procura de outros suspeitos.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, declarou em discurso televisionado no domingo que se tratou de um "ataque direcionado contra judeus australianos" no primeiro dia do Hanukkah, uma festividade conhecida como Festa das Luzes, que deveria ser "um dia de alegria, uma celebração da fé. Um ato de maldade, antissemitismo e terrorismo que atingiu o coração da nossa nação", completou.
A polícia descreveu a ação como um "incidente terrorista" e afirmou ter encontrado "artefatos explosivos improvisados" em um veículo próximo à praia, ligado ao "criminoso falecido".
Os australianos elevaram ao status de "herói" um homem que entrou em luta corporal com um dos atiradores até tomar sua arma, após o pior ataque a tiros do país em anos.
Dirigentes de todo o mundo condenaram o ocorrido, da Europa aos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump declarou que se tratou de um ato "puramente antissemita". Por sua vez, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, repreendeu o governo da Austrália por ter reconhecido o Estado palestino.
Já o Ministério das Relações Exteriores palestino afirmou que repudia "todas as formas de violência, terrorismo e extremismo", em um comunicado, no qual reiterou sua solidariedade à Austrália, país que reconheceu o Estado palestino em setembro, ao lado de Reino Unido e Canadá.
O presidente da Associação Judaica da Austrália, Robert Gregory, afirmou que o ataque foi "uma tragédia, mas absolutamente previsível" e denunciou o governo por "não tomar medidas adequadas para proteger a comunidade judaica". (AFP)