A mãe de Tainara Souza Santos, Lúcia Aparecida da Silva, publicou nas redes sociais mensagem, na noite de quarta-feira, 24, véspera de Natal, informando que a filha de 31 anos não resistiu aos ferimentos causados pelo atropelamento sofrido no fim de novembro e pediu por justiça. A vítima era mãe de dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de 7.
Tainara havia sido arrastada na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, passado por amputações dos membros inferiores, e ficou quase um mês internada no hospital. A vítima não resistiu após passar por uma nova cirurgia, que envolvia nova amputação.
"É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou", escreveu. Ela também agradeceu as manifestações de apoio recebidas desde o crime.
"Ela acabou de partir desse mundo cruel e está com Deus. É uma dor enorme, mas acabou o sofrimento", diz. A mãe de Tainara finaliza a nota com um apelo: "Agora é pedir por justiça".
O cearense, natural de Alto Santo, Douglas Alves da Silva, 26, é apontado pela polícia como a pessoa que dirigia o veículo que atropelou e arrastou Tainara por 1km. Segundo a Secretaria de Segurança Pública o autor já tinha tido a prisão decretada pela Justiça no último dia 6, quando foi capturado pela Polícia Civil.
“Com o óbito da vítima, a natureza do crime já foi atualizada para feminicídio consumado. O caso segue sendo investigado pela pelo 73ª Delegacia de Polícia, informa a pasta. Com a morte confirmada, ele pode receber uma pena de até 40 anos.
A defesa diz que Silva confessa o atropelamento, mas nega que tenha mantido relacionamento com a vítima, o que foi relatada pelo advogado de Tainara.
Ele seria ex-namorado de Tainara e o crime teria repetido a maioria das situações: Tainara não quis continuar a relação, mas Douglas não aceitou, a perseguiu e a matou. No País, são cerca de 1.500 casos feminicídio por ano, mais de quatro por dia.
Vítima de feminicídio
Tainara Souza ficou internada por quase um mês após ser atropelada e arrastada por aproximadamente um quilômetro até a Marginal Tietê, zona norte da capital paulista, no dia 29 de novembro.
Desde então, passou por uma série de procedimentos cirúrgicos, incluindo amputações das pernas, cirurgias de reconstrução e uma traqueostomia.
Inicialmente socorrida e levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, ela foi transferida para o Hospital das Clínicas, onde permaneceu em estado grave.
Na quarta-feira, familiares foram chamados pela equipe médica para se despedirem da jovem. A morte foi confirmada por volta das 19 horas, na véspera de Natal.
O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio. O homem apontado como possível responsável é Douglas Alves da Silva. Ele permanece detido enquanto as investigações seguem em andamento.
Douglas, que é natural do município de Alto Santo, foi preso no dia seguinte suspeito do crime. Elé é apontado por arrastar a vítima por 1 quilômetro na marginal Tietê, em São Paulo. Investigações do 73º Distrito Policial de Jaçanã, o crime foi motivado por ciúmes, visto que o suspeito não aceitava do fim do relacionamento.
Conforme testemunhas relataram à Polícia, Douglas viu a ex-mulher em um bar no bairro Parque Novo Mundo e, após uma discussão, aguardou que ela saísse do local. Vídeos de câmeras de segurança mostram o momento em que tainara estava na rua quando Douglas teria avançado com um carro contra ela.
A vítima ficou presa e Douglas permaneceu ignorando os gritos de pedestres e motoristas que tentavam alertá-lo. Imagens feita por testemunhas mostraram a vítima sendo arrastada pelo suspeito. Diante dos ferimentos, Tainara teve que amputar as duas pernas. (Com as agências)