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Cara ou Coroa
Jornal-Do-Leitor

Cara ou Coroa

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Daniel Rodrigues

danielhenriquerodrigues.123@gmail.com

 

Parece até uma questão insignificante, uma pergunta sem nexo algum, uma interrogação desnecessária, mas as pessoas ainda querem saber: Cara ou Coroa? Antes, pensei que fossem só as crianças, mas descobri que os adultos também participam. Basta se ter uma moeda de poucos centavos e tudo começa. Vamos tirar a sorte? Vamos descobrir quem é mais do que quem, ou quem é capaz de ter os seus desejos atendidos? Até pouco tempo me lembro de ser usada no futebol. Mesmo em uma partida de torneio importante, sem jogo, serviu para definir quem seria classificado para a próxima fase. Trata-se, nada mais, o que o famoso “par ou ímpar” materializado.


Mas, a final, da onde é que surgiu essa proeza? Difícil é de se responder. Mas fácil é explicar como surgiu a moeda, objeto utilizada para tal sorte.


A moeda é um valor, mas, em si, não gera valor algum. O trabalho gera valor. Em uma moeda cabe tudo – uma mesa, uma cadeira, uma carteira, uma caneta, enfim, tudo o que é produzido, até mesmo a sorte. Mas os homens produzem a sorte? Em uma moeda também cabe toda a História não contada – as guerras, o sangue, a exploração... até a própria sorte. Mas, a final, a sorte faz a História, ou a História faz a sorte?

 

Só vejo o homem a trabalhar, dar duro, suar, ralar... ufa! Seus braços geram o valor, mas também geram sua dor. Depois vai testar a sua sorte com os amigos no jogo, na sinuca, no baralho e no pinball. No final, é só uma moeda, movida das forças de muitos braços, da folga de poucos homens privilegiados, bonita como é! Mas, de que adiantou eu falar tudo isso, já que no final das contas, a pergunta que ainda nos interesse é: Cara ou Coroa.

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