A iminência do fim assusta. Todo ser humano nasce com a eternidade no coração. Desejamos realizar e fazer coisas grandes: não queremos ser esquecidos. A realidade é que, perante o infinito, não somos - quase - nada. E o medo surge. Surge quando pensamos o quão pequenos somos e refletimos que temos prazo de validade. Então, começamos uma busca imensa por significado com nossos propósitos, às vezes, fruto de nosso desespero. Corremos em círculos para encontrar algo que alivie nossa fome por reconhecimento, por significância, por atenção e esquecemos de mudar a trajetória da busca para aquilo que realmente importa. Podemos ser eternos quando deixamos nossas marcas, um pouco daquilo que somos na vida de outras pessoas, quando encontramos significado no outro, quando nos encontramos no outro. Quando sabemos amar e quando, verdadeiramente, falamos e agimos de forma a condizer com esse sentimento. É saber sentir a dor do outro e abraçar para dar aconchego. É quando o %u201Cvocê está benzinho?%u201D excede a educação e se faz necessário por amor. Quando você consegue estar presente no momento, no presente, para aproveitar o máximo da presença das outras pessoas que você, talvez, esqueceu que ama. O fim virá, mas as suas marcas na vida de outras pessoas ficarão e se multiplicarão para sempre. Podemos ser eternos se deixarmos de nos preocupar em sermos infinitos.
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