À frente da articulação entre o movimento da iniciativa privada “Unidos pela Vacina” e os governos municipais do Ceará, a empresária Annette de Castro enviou uma carta às secretarias da Saúde cearenses, bem como para os respectivos prefeitos, oferecendo ajuda na logística de vacinação contra Covid-19 no Estado.
Como primeira ação regionalizada, a carta coloca o movimento à disposição das autoridades e solicita que os representantes municipais respondam uma pesquisa que busca descobrir as principais necessidades das cidades cearenses com relação ao processo de imunização. “Nós precisamos saber o que as prefeituras precisam para além da vacina, de modo que possamos alinhar nossas ações para atender essa demanda”, esclareceu Annette, CEO da Mallory e presidente do núcleo Fortaleza do Grupo Mulheres do Brasil.
Nacionalmente, o movimento é liderado pela presidente do conselho gestor do Magazine Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil, a empresária Luiza Trajano, que afirmou que o foco da iniciativa é prestar apoio logístico aos governos, mas que não assumirá a frente da compra de vacinas. As ações, portanto, como detalhou Annette, serão concentradas na compra de insumos e no apoio prático à vacinação.
“Tem município que irá precisar de agulha, outros de seringa, têm cidades que precisam de reforço nas equipes de vacinação. Em todas essas frentes, nós iremos ajudar, para que os governos se concentrem nas compras de novas doses dos imunizantes”, explicou. Ela pondera ainda que o esforço é coletivo e que está tendo grande adesão por parte da sociedade civil.
Enquanto CEO da empresa Mallory e presidente do movimento Mulheres do Brasil em Fortaleza, que apoia a iniciativa do unidos pela vacina, Annette foi uma das primeiras a ser procurada para integrar o projeto nacional. “Nosso foco é saber onde os governos precisam de ajuda e ajudar como pudermos, simples assim. Queremos apoiar todas as ações do governo com relação à vacinação contra Covid-19.”
A empresária frisa que o levantamento seguirá até hoje e faz um apelo para que os gestores municipais respondam. “É somente a partir dessas informações que poderemos montar nossas frente de ação e saber como, com o que e onde ajudar”, afirma. O pedido foi feito ainda em âmbito nacional, por Luiza Trajano, que divulgou um vídeo anunciando interesse do movimento em acelerar o processo de imunização no Brasil.
Gente, esse é o vídeo no qual explico o que é o Movimento #UnidosPelaVacina! Junte a nós pela vacinação de todos os brasileiros até setembro! Estamos com vários comitês: contato com autoridades, logística e pesquisas, para entender o que é preciso ser feito! pic.twitter.com/o9MM1PVFDo
— Luiza Helena Trajano (@luizatrajano) February 9, 2021
“Quero me dirigir aos prefeitos de cada cidade desse Brasil. A gente sabe que vocês vão se responsabilizar pela aplicação da vacina e nós queremos muito estar juntos e identificar a necessidade de cada cidade.[...] Estamos enviando uma pesquisa e pedimos que nos respondam o mais rápido possível para que possamos estar juntos. Esse desafio é de todos nós e principalmente das prefeituras e não queremos deixar vocês sozinhos”, pediu Luiza.
Com relação à adesão de empresários no Ceará, Annette conta que não é possível consolidar um número exato dos que já aderiram ao movimento, tendo em vista que muitas empresas filiadas a grandes marcas ainda estão se manifestando individualmente, mesmo que a gestão superior já tenha declarado apoio à iniciativa. Dentre as marcas que já manifestaram interesse em apoiar a ação estão Electrolux, Gol, Pague Menos, Suzano, Volkswagen e Duratex.
A empresária atua como presidente do núcleo de Fortaleza da organização “Mulheres do Brasil”, fundada por Luiza Trajano, e detalhou que as 75 mil participantes do movimento estão à disposição para atuar como voluntárias em ações do “Unidos pela Vacina”. “Parte delas está ajudando nesse contato com os prefeitos, com as secretarias de saúde das cidades, criando essas pontes para que possamos atuar”, afirmou Annette.
Associação Nacional de Jornais firma apoio a movimento de empresários por vacina contra Covid-19
O movimento de empresários "Unidos pela Vacina" conta com apoio da Associação Nacional de Jornais (ANJ). A iniciativa busca prestar auxílio às entidades da Saúde do País para que o processo de vacinação contra a Covid-19 seja acelerado, tendo como foco vacinar 70% de todos os brasileiros até setembro deste ano.
Com relação ao apoio da ANJ, o presidente da associação, Marcelo Rech, frisa: "É uma ação em apoio ao esclarecimento, de apoio à vacinação, de conscientização da população sobre a importância de se vacinar". Ele conta que a parte dos jornais do Brasil será mediante campanhas que busquem combater a desinformação, notícias falsas sobre as vacinas contra Covid-19.
"Serve ainda como um estímulo aos poderes públicos que se articulem e acelerem a compra, produção, a distribuição e a imunização o mais rápido possível", complementou. Marcelo afirma que o apoio dos veículos de imprensa brasileiros ao movimento se concentrará em ações de divulgação e de modo a promover uma maior articulação entre os setores responsáveis pelo processo de vacinação no País.
Ação conjunta envolverá jornais de todos os estados do Brasil e contará ainda com apoio de agências de comunicação, profissionais freelancers, empreendedores e demais atores do cenário da comunicação social, conforme relatou o presidente da ANJ. "É um esforço coletivo, pois acreditamos que o combate à pandemia de Covid-19 deve ser responsabilidade de todos, então é algo totalmente suprapartidário, com vários segmentos, independente e que busca o bem de todos."
Um dos focos da atuação dos veículos de comunicação no movimento é o de manter a população informada e consciente sobre todo o processo de vacinação, reforçando ainda a necessidade de seguir todos os protocolos de segurança das entidades de saúde locais antes e após a vacinação. Marcelo pondera que dentre as ações específicas idealizadas existe uma postagem conjunta, programada para o dia 15 deste mês em todos os jornais impressos do País associados à ANJ, com orientações sobre a imunização.
"Se não houver uma aceleração do processo de imunização de um lado e um processo de conscientização do outro, não conseguiremos atingir a imunidade coletiva em um prazo razoável de tempo." (Alan Magno/ Especial para O POVO)