A oposição à interrupção voluntária da gravidez, que adotou a cor azul, teve como representantes a Igreja Católica e a Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas (Aciera), que promoveram grandes manifestações nas ruas e missas ao ar livre.
"A Igreja na Argentina quer ratificar que continuará trabalhando com firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida. Esta lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o afastamento de parte das lideranças do sentimento do povo, que se expressou de várias formas a favor da vida", reagiu a Conferência Episcopal em nota.
"Hoje a Argentina retrocedeu séculos de civilização e respeito ao direito supremo da vida", frisou a Aciera em um comunicado que tem como título "Hoje é um dia triste".
Segundo uma pesquisa de 2019 sobre crenças religiosas do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), 62,9% dos argentinos se declaram católicos, 18,9% sem religião e 15,3% evangélicos.
Também nos arredores do Congresso, muitas pessoas contrárias à aprovação da lei aguardaram de joelhos o resultado da votação, recebido com grande decepção. A Argentina aprovou o divórcio em 1987. Depois uma lei de educação sexual integral (2006), uma para o matrimônio igualitário (2010) e uma de identidade de gênero (2012). (AFP)