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Resultado no Peru pode unificar frente regional de esquerda ou dar segunda vitória para a direita em dois meses
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Resultado no Peru pode unificar frente regional de esquerda ou dar segunda vitória para a direita em dois meses

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PRESIDIDA por Alberto Fernández, a Argentina registrou até o momento 735 mortes por Covid-19 (Foto: Esteban Collazo / PRESIDENCIA ARGENTINA)
Foto: Esteban Collazo / PRESIDENCIA ARGENTINA PRESIDIDA por Alberto Fernández, a Argentina registrou até o momento 735 mortes por Covid-19

O cenário que se desenha na eleição peruana de 2021 ainda é incerto. A sociedade peruana, que exala desilusão com a classe política nos últimos anos, optou por um segundo turno entre atores de perfis completamente opostos. Como no Brasil, em 2018 - e possivelmente no ano que vem -, a polarização foi um ingrediente em comum no processo eleitoral peruano.

Pedro Castillo, candidato do partido de esquerda Peru Livre, tem vínculo público com lideranças do MAS, sigla do atual presidente boliviano Luis Arce e com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. O que sugere que, se vencer a eleição, ele se unirá a uma frente regional de esquerda com governos de países como Argentina, Bolívia, Cuba e Venezuela.

Uma das primeiras consequências de uma eventual vitória de Castillo seria a saída do Peru do Grupo de Lima, criado por iniciativa dos peruanos para pressionar o líder venezuelano Nicolás Maduro. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, abandonou o grupo após tomar posse, em 2019 e hoje defende uma solução negociada para a crise, que inclua a participação de Maduro.

Fernández retirou ainda a Argentina da lista de países que apresentou denúncia contra a Venezuela no Tribunal Penal Internacional, em 2018, por supostos crimes de lesa-humanidade.

Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori e candidata da legenda de direita Força Popular, representaria para governos desse espectro político na região uma segunda vitória eleitoral em 2021. A primeira ocorreu no Equador com Guillermo Lasso.

Além disso, garantiria a continuidade de parte das posições do país em questões regionais, alinhadas a um bloco de nações que conta com Brasil, Colômbia, Chile, Equador e outros. Nos bastidores, comenta-se que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já teria manifestado preferência pela vitória de Fujimori.

 

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