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Neste ano, ONU condenou embargo dos EUA a Cuba pela 29ª vez
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Neste ano, ONU condenou embargo dos EUA a Cuba pela 29ª vez

Bloqueio econômico à ilha existe hà 60 anos
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No fim do mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou pela 29ª vez o embargo dos Estados Unidos a Cuba. Foram 184 votos contra a medida, dois a favor (EUA e Israel) e três abstenções: Brasil, Colômbia e Ucrânia.

Imposto há 60 anos, e endurecido em várias ocasiões, o bloqueio econômico não conseguiu derrubar o Partido Comunista Cubano, mas provocou repetidas crises na ilha comandada atualmente por Miguel Díaz-Canel.

Há décadas, a ONU condena a resolução americana, mas apenas o Congresso dos EUA tem o poder para reverter a medida imposta ainda no governo de John F. Kennedy, em 1962. O Brasil, que historicamente sempre votou contra o embargo, chegou a manifestar voto favorável em 2019 durante a presidência de Donald Trump, aliado do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em 2016, no governo Obama, Washington optou pela primeira vez pela abstenção no voto da resolução cubana que condena o embargo. À época, os países haviam restabelecido relações.

Entretanto, com a chegada de Trump à Casa Branca no ano seguinte, Cuba voltou a figurar na lista de Estados "patrocinadores do terrorismo". Quase 250 novas sanções foram aplicadas contra a ilha, provocando crises de energia elétrica e de combustível e restrição de viagens.

O atual presidente dos EUA, Joe Biden, que foi vice de Obama e participou da aproximação com Cuba em 2016, prometeu mudanças na postura, mas desde que assumiu a presidência, em janeiro de 2021, não reverteu as sanções impostas pelo seu antecessor. Durante a campanha eleitoral do ano passado, Biden afirmou que a linha dura de Trump contra Cuba "não fez nada para se avançar na democracia e nos direitos humanos". (com AFP)

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