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Para apoiadores de Trump, tomada do Capitólio foi "dia incrível"
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Para apoiadores de Trump, tomada do Capitólio foi "dia incrível"

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WASHINGTON, DC - 06 de janeiro: Os manifestantes interagem com a Polícia do Capitólio dentro do edifício do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. O Congresso realizou uma sessão conjunta hoje para ratificar a vitória do Colégio Eleitoral 306-232 do presidente eleito Joe Biden sobre o presidente Donald Trump. Um grupo de senadores republicanos disse que rejeitaria os votos do Colégio Eleitoral de vários estados, a menos que o Congresso designasse uma comissão para auditar os resultados das eleições. Win McNamee / Getty Images / AFP (Foto: Win McNamee / AFP)
Foto: Win McNamee / AFP WASHINGTON, DC - 06 de janeiro: Os manifestantes interagem com a Polícia do Capitólio dentro do edifício do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. O Congresso realizou uma sessão conjunta hoje para ratificar a vitória do Colégio Eleitoral 306-232 do presidente eleito Joe Biden sobre o presidente Donald Trump. Um grupo de senadores republicanos disse que rejeitaria os votos do Colégio Eleitoral de vários estados, a menos que o Congresso designasse uma comissão para auditar os resultados das eleições. Win McNamee / Getty Images / AFP

Eles se reuniram em Washington em 6 de janeiro de 2021 para protestar contra os resultados da eleição presidencial que consideraram fraudados e acabaram tomando o Congresso de assalto.

A ferida que eles abriram ainda não sarou. Um ano depois, três manifestantes relembram o dia que chocou o mundo.

- "Euforia" -

"Foi um dia incrível", disse Samson Racioppi, 40, filiado ao Partido Republicano do ex-presidente Donald Trump.

Em 6 de janeiro, ele estava encarregado de fretar ônibus do estado de Massachusetts para a capital, Washington.

Um mar de pessoas se reuniu ali sob um frio congelante, agitando bandeiras "Trump 2020" para denunciar o resultado da eleição presidencial que o bilionário republicano acabara de perder para o democrata Joe Biden.

Trump fez um discurso que inflamou a multidão. "Lembro-me dessa sensação de euforia, de ver ao nosso redor essas pessoas que, finalmente, pareciam se importar" com o que estava acontecendo, disse à AFP Jim Wood, do estado de New Hampshire.

Antes que Trump terminasse de falar, este homem de 60 anos seguiu uma procissão em direção ao Capitólio, onde os congressistas estavam certificando a vitória de Biden.

Milhares de manifestantes seguiram o exemplo. Em pouco tempo, havia uma maré humana em frente à cúpula branca da sede do Congresso.

- "Anarquia" -

"E, de repente, ouvimos gritos, 'vamos, vamos, vamos", lembra Glen Montfalcone, de Massachusetts. "Foi quando a anarquia começou."

"As pessoas empurraram, empurraram, empurraram e gritaram 'continue, continue andando!'. E foi o que fizemos, avançamos".

Eles conseguiram entrar no Capitólio? Os três juram que não, mas dizer o contrário é se expor à prisão. As cenas intrigaram o mundo: um homem sem camisa com chifres de búfalo caminhava pelo Capitólio, a polícia matou um manifestante.

Jim Wood afirma ter visto as imagens no dia seguinte, enquanto tomava o café da manhã.

"Uma demonização", protesta e garante que a grande maioria dos manifestantes ficou do lado de fora do prédio.

Existem duas versões opostas dos eventos de 6 de janeiro. Policiais de plantão naquele dia, congressistas democratas e até mesmo alguns republicanos chamam esses atos de "terroristas".

 - FBI em casa -

Operações policiais foram lançadas em todo o país. Vários agentes do FBI chegaram à casa de Glen Montfalcone e alguns de seus amigos foram presos.

Em Washington, uma comissão parlamentar foi criada para investigar se as iniciativas dos partidários de Trump constituem uma tentativa de golpe.

Um golpe de Estado? Os manifestantes do Capitólio ficam ofendidos com esta expressão. Para eles, foi um dia emocionante.

"Algo que direi aos meus netos", promete Samson Racioppi. Ele ainda está convencido, como a maioria dos eleitores republicanos, de que a eleição de 2020 foi roubada. As provas dizem o contrário.

Racioppi se declara pronto para defender as próximas eleições a todo custo. "Nós vemos isso como uma guerra", diz o estudante de Direito.

"Vamos lançar uma série de batalhas e causar o máximo de dano possível à esquerda e àqueles que apoiam a tirania."

A ponto de voltar ao Capitólio? "Claro".

 

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