As notícias falsas tornaram-se uma epidemia mundial, um vírus da maior periculosidade, que pode provocar males que vão desde pequenos tremores até distorções graves, como influenciar o resultado de uma eleição. O fenômeno ganhou tal dimensão, que até gigantes da internet, como o Google e o Facebook - cuja meta principal sempre foi ampliar o número de usuários, pois não produzem conteúdo - começaram a preocupar-se com o assunto, buscando meios para evitar que suas redes sejam retransmissoras das chamadas “fake news”.
A imprensa clássica - depositária do jornalismo profissional e de métodos de apuração e checagem comprovados historicamente - foi a primeira a chamar atenção para o problema, iniciando uma batalha contra as notícias falsas. O contexto levou os jornais a lançarem uma campanha internacional em defesa da informação segura e comprovada - ou seja, de proteção da verdade. Como alertou a presidente do Grupo de Comunicação O POVO, jornalista Luciana Dummar, em matéria publicada na edição de ontem: “Os grandes jornais precisam dar as mãos e mostrar onde está a mentira”.
As empresas jornalísticas de credibilidade, cujas marcas são uma espécie de selo de qualidade, tornaram-se certificadoras de notícias, e são cada vez mais buscadas pelos leitores, como mostram vários estudos. Ao mesmo tempo, os jornais impressos aparecem nas pesquisas como detentores das maiores taxas de credibilidade, em comparação com outras mídias.
Neste jornal - cuja preocupação com a transparência, a veracidade e a credibilidade, sempre foi presente -, existem vários mecanismos de controle. O POVO é o único jornal do Nordeste a fazer parte do Projeto Credibilidade, cujo objetivo é desenvolver protocolos e ferramentas para identificar e certificar conteúdo confiável na internet. O ombudsman e o Conselho de Leitores também fazem parte do esforço de permanecer aberto à participação e ao escrutínio dos leitores e da comunidade.
Ao contrário do que muitos afirmam, as profundas mudanças provocadas pelos meios eletrônicos de comunicação, não representam o fim do jornalismo. Para O POVO, este é um desafio que permitirá mostrar que o jornalismo profissional é cada vez mais necessário e está mais vivo do que nunca.