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Cidadão fora da caixa
Opinião

Cidadão fora da caixa

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Temos vivido momentos de tantas incertezas e um certo grau de angústia que precisamos parar para refletir sobre o quanto estamos presos a um círculo vicioso que nos torna cada vez mais insatisfeitos e, ao mesmo tempo, inertes.


Os tempos estão a exigir que olhemos para dentro de nós mesmos e examinemos nossas atitudes e ações no dia a dia, nos perguntando como está o exercício da nossa cidadania, da ética, da espiritualidade, da verdade, da solidariedade e do que queremos para o nosso país e para o mundo.


Além desse olhar introspectivo, precisamos também encarar o espelho, onde cada um se pergunte se a imagem que vê reflete o que pensa de si; se o que faz está coerente com o que reclama e condena; e se o semblante que encara lhe causa orgulho ou constrangimento.


Está na hora de nos fazermos algumas perguntas. O que temos feito para, de fato, melhorar o Brasil que queremos? Será que estamos agindo em linha com o que desejamos? Estamos respeitando o outro como gostaríamos de ser respeitados? Tratamos o meio ambiente com os cuidados necessários à sua preservação?


Respostas a esse tipo de pergunta, temos de dar, em primeiro lugar, a nós mesmos, pois o que está em causa é a nossa obrigação de agirmos de acordo com a nossa consciência. É preciso parar de reclamar do que achamos ruim, sem reagirmos — e reagir não é sermos reacionários, é agir em direção ao que podemos fazer para melhorar o lugar onde vivemos, convivemos e trabalhamos.


O ser humano está ficando cada vez mais distante de Deus e se tornado mais egoísta, como tem alertado o papa Francisco. A falta de compaixão para com os mais necessitados embrutece as pessoas e estimula situações de exclusão e violência. Não faz sentido seguirmos presos a uma espécie de caixa que inibe as nossas crenças e sentimentos cristãos. Temos de mobilizar nossas energias para a construção de uma vida mais digna e mais feliz para todos.  

 

Roberto Macêdo
roberto@pmacedo.com.br
Empresário

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