O desempenho de alguns candidatos mostrou que a presença e o posicionamento diário nas redes sociais, à longo prazo, asseguram maior formação de imagem e seguidores verdadeiros (a exemplo do presidente eleito Jair Bolsonaro) em relação aos que apostaram no modelo tradicional de candidaturas. Já não basta somente ter sobrenome forte, experiência na política, tempo de televisão no horário eleitoral gratuito ou forte apoio de outros mandatários, tipo prefeitos e vereadores.
As redes sociais há um bom tempo já pautam a grande mídia tradicional, em especial, TV e rádio. A aposta nas mais diversas plataformas de redes sociais para expor ideias e interagir com eleitores já foi ao longo dos últimos quatro anos a diferença para muitos candidatos no Ceará, a exemplo de Célio Studart (PV), eleito vereador de Fortaleza, em 2016, e agora, em 2018, como deputado federal, com mais de 200 mil votos. Bem como André Fernandes (PSL), eleito deputado estadual com 109.742 votos, o mais votado.
Outro caso bem sucedido foi de Romeu Zema (Novo), eleito governador de Minas Gerais. Com parcos 6 segundos de TV e participado de apenas um debate, Zema foi o mais votado do primeiro turno. No segundo turno não deu chances ao adversário, obtendo 71,80% dos votos válidos. O caso mineiro envolve um ótimo trabalho de estratégia eleitoral e uso das redes sociais durante o pleito, além do anseio de mudança do povo mineiro.
Mas não basta ser presente na rede, opinião bem definida, máximo de inserção na sociedade civil. É preciso também ser consistente nas ideias. Sim, isto ainda falta em muitos dos candidatos. Se por um lado temos boa exposição e opinião em muitos, falta convicção e conteúdo. Portanto, senhores mandatários e possíveis candidatos: ao trabalho, 2020 é logo aí.
Leurinbergue Lima
leurinbergue@gmail.com
Especialista em Marketing Político, diretor do CAMP (Clube Associativo de Profissionais de Marketing Político Norte/Nordeste)