Na semana passada, cerca de 200 milhões de pessoas por todo o mundo e ao mesmo tempo estavam assistindo um episódio inédito da série Game of Thrones produzida por um canal de televisão por assinatura. Assim que o episódio terminou o Twitter foi dominado por comentários sobre os acontecimentos e menções aos personagens. As hashtags de forma exponencial foram ganhando corpo e menos de uma hora depois já somavam milhões de citações acompanhadas de fotos, gifs e vídeos.
No Instagram a movimentação também foi parecida. Esta participação intensa dos fãs da série torna o assunto ainda mais "quente" e quem não assiste fica, às vezes, parecendo viver em outro planeta.
Fenômeno similar aconteceu faz duas semanas com o lançamento do filme Vingadores: Ultimato, que já bateu 2 bilhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo e dominou o assunto nas redes sociais.
Em ambos os casos se nota um comportamento que desperta sentimentos intensos: o chamado spoiler. A palavra, oriunda do verbo spoil na língua inglesa, que significa estragar, pode ser traduzida em versão livre como um espoliador, ou seja, aquele que estraga.
O conceito de spoiler refere-se à revelação de um conteúdo em forma de texto, imagem, vídeo ou gravação que faça revelações de fatos importantes, às vezes, antes do filme ou série ir para o ar, que acaba tirando o elemento surpresa de quem ainda não viu.
Esse comportamento de estraga-prazeres gera situações inacreditáveis. Em Hong Kong um homem começou a falar bem alto na fila de um cinema que estava exibindo Vingadores sobre acontecimentos do final do filme e foi espancado. Aqui, no Brasil, alguém no meio da sessão do filme começou a "dar spoilers" aos gritos e foi retirado às pressas sob ameaça de apanhar.
É comum encontrar centenas de sites e perfis que levam aos spoilers tão detestados. Em alguns, os espectadores podem votar e decidir quais informações já podem ser consideradas de domínio público.
Para refletir: será o prazer em estragar o divertimento alheio ou necessidade de estar na frente de todo mundo?