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Sustentabilidade no Nordeste
Opinião

Sustentabilidade no Nordeste

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Daniel Fernandes Costa
Coordenador Geral da Associação Caatinga
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Daniel Fernandes Costa Coordenador Geral da Associação Caatinga

Mas, afinal, o que é sustentabilidade? Segundo a definição presente nos dicionários de língua portuguesa, é o conceito que, relacionando aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, busca suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras. Está associada a qualidade do que é sustentável, do que é necessário para à conservação da vida.

Diante deste conceito é importante pontuar que para a efetiva implementação de um desenvolvimento sustentável, três desafios precisam ser superados, a saber: a) garantir a disponibilidade de recursos naturais; b) respeitar os limites da biosfera para absorver resíduos e poluição; e por fim, c) reduzir a pobreza em nível mundial. Os dois primeiros são de natureza ambiental e o terceiro, um desafio social.

Com o objetivo de superar tais desafios, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Agenda 2030, um plano de ação contemplando 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) visando acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas. As nações, empresas e cidadãos devem se engajar nesta agenda global, sob pena dos efeitos das mudanças climáticas se tornarem cada vez mais irreversíveis.

O Nordeste é uma região extremamente sensível aos efeitos do aquecimento global. Alterações no regime de chuvas e aumento das temperaturas nos impactam diretamente. A caatinga é exclusivamente brasileira e comparada a outras regiões semiáridas do planeta é a mais rica em biodiversidade e também a mais populosa, com cerca de 28 milhões de habitantes, elevando a demanda por recursos naturais finitos.

A proteção dos recursos naturais, sobretudo das florestas, é indispensável para a promoção da sustentabilidade na região, assegurando condições de adaptação de comunidades rurais à semiaridez, pois tem a função de regular o clima e o ciclo hidrológico. A conta é simples: "floresta em pé é igual a disponibilidade hídrica". É necessário termos esta compreensão e aproveitarmos as nossas potencialidades como, por exemplo, a produção de energia limpa. Estabelecer políticas públicas de incentivo a conservação da natureza também é estratégico para superarmos os três grandes desafios e atingirmos o desenvolvimento sustentável. 

 

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