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Rita Josina Feitosa: BNB: uma história em construção permanente
Opinião

Rita Josina Feitosa: BNB: uma história em construção permanente

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Rita Josina Feitosa 
Diretora-presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Rita Josina Feitosa Diretora-presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB)

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) completa 67 anos nesse 19 de julho e tem muito o que contar. Sua contribuição para a redução das desigualdades regionais está registrada na história do Nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo e na vida de milhares de agricultores familiares, microempresários e demais beneficiados por sua política de crédito diferenciada e por programas de sucesso replicados por outras instituições, como o microcrédito orientado.

Apesar de sua relevância econômica e social, a atual conjuntura de redução da atuação do Estado, com o desmonte das instituições públicas, intensificada pelo atual governo, e a inexistência de uma política eficiente de desenvolvimento coloca a atuação do Banco do Nordeste em risco.

Ameaças e medidas que fragilizam o BNB chegam de diferentes formas e por diferentes meios: especulações sobre privatização e fusão com outras instituições, projetos de lei e medidas provisórias que visam o compartilhamento e a destinação dos recursos do FNE - principal fonte de recursos do Banco - para outras finalidades que desviam de sua função constitucional.

O aniversário do Banco é uma oportunidade para a Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) reiterar sua defesa e sua luta, não apenas pela manutenção do BNB, mas pelo seu fortalecimento e por condições adequadas para que a instituição possa seguir como principal instrumento de desenvolvimento da região. Isso requer a valorização de seus trabalhadores, a ampliação de sua capilaridade, a garantia de recursos estáveis e o reconhecimento de sua trajetória e de sua importância para a região.

Tanto tempo de vida ainda é pouco para mudar uma realidade de desigualdade e de políticas públicas ausentes e/ou ineficientes diante da diversidade e das potencialidades do semiárido. Por isso, é imprescindível que todos nós, brasileiros e nordestinos, lutemos pela manutenção de instituições públicas regionais, fortes e valorizadas. Vida longa ao BNB! 

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