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Luís Eduardo Fontenelle Barros: O economista na economia brasileira de hoje
Opinião

Luís Eduardo Fontenelle Barros: O economista na economia brasileira de hoje

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Luís Eduardo Fontenelle Barros
Economista e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE )
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Luís Eduardo Fontenelle Barros Economista e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE )

O Brasil ainda está se debatendo na maior crise de sua história econômica, cujas consequências têm enriquecido as estatísticas perversas das falências, empresas fechadas, desemprego e imensa desesperança da sociedade. Além do desmascaramento da corrupção, iniciado com a Lava Jato e a cada dia revela mais corruptos, seja da direita ou da esquerda, do Norte ou do Sul, seja político ou grande empresário.

No meio dessa tormenta, no entanto, está sendo possível vislumbrar mudanças extremamente significativas. O protagonismo recente do Parlamento na aprovação célere da reforma da Previdência e encaminhamento antecipado da discussão da reforma tributária é um fato novo na política brasileira. As propostas encaminhadas pelo governo de medidas anticrime, de privatização de estatais e a MP de liberdade econômica também sinalizam novas formas de tratar problemas antigos.

O consórcio de governadores do Nordeste, se reunindo para buscar ganhos de escala e a procura por soluções conjuntas para os problemas comuns contrasta com a velha política de pires na mão. A redução da taxa de juros básica para o menor patamar da história inviabilizando a expansão de riquezas apenas pelos juros, por outro lado, desafia a busca de opções de investimento com maior retorno.

Isso tudo ratifica que o Brasil ainda é o mesmo, com desemprego alto, Estado praticamente falido, empresas destroçadas pela crise etc. Mas, se tivermos boa vontade e olharmos com mais atenção, podemos constatar uma inflexão positiva na sua evolução. E, para isso, tem sido fundamental a atuação dos economistas.

Avançando o programa de reformas, a ação dos economistas continuará indispensável para que as mudanças possam prosseguir, tanto na esfera pública com as reformas tributárias e fiscal, como na esfera privada com o planejamento das empresas e aumento da produtividade para aproveitar o ambiente de juros baixos. Ações essas que exigirão cada vez um maior envolvimento dos economistas brasileiros que, para nossa satisfação, vem demonstrando extrema competência para enfrentar os desafios. 

 

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